Avô sempre esteve próximo, quer em distância, quer por laços familiares, e recordando os meus tempos de rapaz, fui hoje até ao Picoto e olhei o Rio Alva, que no verão era o nosso destino de férias...
Do Miradouro de Avô...o Alva lá ao fundo, e lá longe a minha Serra do Açor...à esquerda a Serra da Estrela...
É o ar destes montes, destas serras, desta luz, destes cheiros...que me fazem saudades...e que me chamam sempre que estou longe...
Lá em baixo, a terra do poeta Braz Garcia Mascarenhas, Avô...
O Rio Alva...
Estas vistas só foram possíveis devido à falta de arvores e restante vegetação que o incêndio consumiu no ano passado, onde ainda se podem ver vestígios...
Ontem, com caudal forte e muita água a brotar dos ribeiros, ainda era possível pisar as margens da nossa Ribeira...
O Barroco da Cabido espraiava-se estrondosamente na Ribeira em catadupas de água, como há muito não se via...
Hoje, os deuses aproveitaram a distracção de S. Pedro e abriram todas as torneiras do Céu...
A nossa Ribeira enlouqueceu...e as terras ensopadas começaram a ceder. As terras, por stress hídrico, começaram a desmaiar. São barrancos caídos um pouco por todo o lado, felizmente até ao momento sem gravidade ou prejuízo de nota...
No Agroal, este caudal iria juntar-se à outra ribeira, no sítio chamado Entre-Águas. Aí começa a Ribeira de Pomares, que se vai encontrar com o Alva em Avô...
E hoje, a Ribeira de Pomares encontrou-se com o Alva, num abraço de muitos hectolitros hora...
As forças da natureza são impressionantes...
De ontem para hoje o caudal aumentou significativamente devido à chuva intensa que tem caído.
Avô e o Rio Alva, visto pela objectiva d' O Rouxinol de Pomares, neste inicio de Primavera bastante chuvoso...
Tal como em tempos noticiei AQUI o perigo em que se encontrava a estrada de Avô-Pomares, agora como se pode ver, já estão em fase de acabamento os trabalhos de consolidação dos terrenos que sustentam a estrada, reforçados por um muro superior ao anteriormente existente. Como apontei o perigo na altura, é de direito que agora mostre o que está feito, e como pomarense quero expressar publicamente os meus agradecimentos à Junta de Freguesia de Avô e ao Município de Oliveira do Hospital, bem como aos empreiteiros da obra, meus velhos conhecidos e amigos. Assim, nós pomarenses, já podemos circular com mais segurança.
Todos a conhecem e todos são unânimes em considerar o perigo desta curva. Estreita, sem guardas de protecção e sem bermas. Vale-nos o pouco transito que por lá circula nesta época do ano...porque um dia poderá ser um marco pela negativa...basta-nos por ora alguns sustos...e chegam...
Esta curva, na estrada de Avô a Pomares, junto ao cruzeiro, é uma das curvas mais perigosas do percurso, no sentido ascendente. Muita gente me tem falado sobre isso, sobre o perigo eminente, sobre os sustos que tem apanhado, sobre o medo de uma roda resvalar pela estreita berma, que agora com terrenos ensopados não é impossível...
Para que a desgraça não aconteça e porque para desgraça já nos basta a interioridade e o abandono a que somos votados, não seria má ideia o poder autárquico vizinho, porque só esse nos pode ajudar, sentar-se, e em conjunto com o de cá, arranjar uma solução que minimize o perigo. Os utentes da via agradecem, porque as vidas humanas não têm preço. Se não for pedir muito!!!
Numa das mais belas Vilas de Portugal, das mais belas das beiras, e mui antiga Vila de Avô, corre o Rio Alva ao longo de séculos...
Neste ultimo sábado as margens são ocupadas pelas águas em correria louca para o Rio Mondego e para o Oceano onde vão repousar...até ao ciclo que as levará novamente às nossas Serras...
Ainda não tinha tido tempo para vos mostrar algumas das fotos que captei no sábado, após a tempestade que assolou o país, e que obviamente também se fez sentir em Pomares.
Para além de provocar maior caudal de água na nossa Ribeira e arrancar aqui e ali umas arvores com incidência na estrada de Avô, poucos danos causou na nossa terra, e ainda bem.
Uma Ribeira (Rio Moura) com mais caudal, e a água a fazer aquele barulho característico como se de um adeus se tratasse...
Uma água mais escura devido às terras que vai arrancando às margens...
Aqui, uma ligeira deslocação da margem com arvores para o centro da Ribeira...
Uma árvore caída aqui...
Outra árvore caída ali...
Outra árvore caída acolá...
E outra árvore já há muito morta pelo nemátodo que se estatelou no corrimão do Fontanheiro, acabando por esticar a linha eléctrica e levando-a até um KO técnico...
Na foz do Rio Moura (Ribeira de Pomares), abraçando em força o Rio Alva em Avô.
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