Faz parte da tradição e das memórias dos povos da Serra do Açor a subida nocturna ao Colcurinho, para ver nascer o Sol. É um espectáculo magnifico e um esforço compensado pela beleza do astro rei, que parece brotar da Serra da Estrela, logo ali, em frente ao ponto mais alto do Monte do Colcurinho.
Organizada a subida ao Colcurinho pela Comissão de Melhoramentos de Soito da Ruiva, cuja actividade estava integrada nos festejos deste ano, podemos dizer que constituiu um êxito, aliás como todas as iniciativas desta aldeia, embora não fosse possível ver o Sol nascer devido ao nevoeiro e à chuva intensa e tempestuosa que se abateu na região, deixando até a freguesia sem energia eléctrica durante algumas horas. Nada fez demover meia centena de caminheiros, que se fizeram ao caminho sob intensa chuvada. Chegados ao cume, encharcados, alguns a tiritar com frio, os mais afoitos posaram para a objectiva d' O Rouxinol de Pomares, para que conste...
Subiram de chapéu...muito rápido para a fotografia, que os corpos encharcados pediam regresso rápido a casa...a chuva não estava no programa e o Sol escondido também não...
Antes da partida, no Largo do Bacelo, poucos foram aqueles que a chuva intensa fez desistir...os primeiros quilómetros de subida em plena noite escura viriam a mostrar-se os mais difíceis...
Alguns "atletas" melhor preparados alcançaram alguma vantagem, permitindo-lhe alcançar o cume em menos de duas horas e meia...
Na foto, a frente do Patrol, que viria a ficar sem iluminação pela água a escorrer dos meus braços para os comutadores...mas cumpriu a missão de dar apoio e transportar água, fruta, as barritas energéticas e ainda alguns mais cansaditos...ou com bolhas nos pés...
Para precaução e para casos mais graves, a presença do BVC (Secção de Pomares). Tudo correu bem, apenas teve de transportar uma senhora com uma entorse num pé, mas que não inspirava cuidados de maior...
Para a maioria, o regresso fez-se de autocarro...mas cinco regressaram a pé, em duas horas...porque para baixo todos os santos ajudam...
Com chuva ou sem chuva...parece que ficou a vontade de repetir...
COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE SOITO DA RUIVA
CAMINHADA NOCTURNA COLCURINHO
15 AGOSTO*
PROGRAMA:
02H00 – Concentração no Largo do Bacelo. Esclarecimentos e possibilidade de inscrições de última hora
02h15 – Partida
Durante o percurso existem 3 pontos de apoio (distribuição de águas, biscoitos e fruta) e haverá uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Côja em permanência no local.
07h00 /07h15 – Regresso a Soito da Ruiva (disponível autocarro para os que não tenham capacidade de regressar a pé).
À chegada ao Soito da Ruiva – pequeno-almoço convívio
PREÇO POR PESSOA – 5 EUROS
CONSELHOS AOS PARTICIPANTES:
- Calçado confortável (específico para caminhada) e agasalho leve (caso a noite esteja fria)
- Não transportar volumes pesados (mochilas, etc.)
- Ter em atenção a sua forma física
- Levar coletes refletores e lanternas (pelo menos 1 para cada 2 pessoas)
NOTAS: Não existe qualquer seguro efetuado pela CMSR para esta atividade. No entanto, no local, estará sempre presente uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Côja para qualquer eventualidade. A CMSR não se poderá responsabilizar por qualquer acidente durante o percurso.
*Noite de 14 / 15 Agosto
Inscrições: Teresa Neves (963949800 ou 235732776) geral@soitodaruiva.com
Desabitado, apenas se mantém "viva" a capela de Santo Antão. O Colcurinho, é um lugar antigo e perto de Chão Sobral de que dista umas centenas de metros e situa-se na encosta norte do Monte do Colcurinho, o mesmo Monte que avistamos de Pomares. É assim a nossa Serra do Açor e os seus lugares mágicos.
Tenho subido inúmeras vezes ao Monte do Colcurinho, ou Cabeço, como também é conhecido, mas nunca fiz referência à vertente religiosa. Chegou hoje esse momento, e como se diz, o que tem que ser, tem muita força!
É uma vista da capela de um outro angulo, do lado sul, e a imagem de Nossa Senhora das Necessidades.
Desde o inicio da nacionalidade que se começaram a erguer igrejas e capelas dedicadas à Virgem Mãe de Deus, à medida que se conquistava aos Mouros, território desta faixa ocidental da Península Ibérica e que hoje constitui a nossa Pátria.
Seja por motivos religiosos, ou por motivos turísticos, é sempre compensador subir até aqui e deixar o nosso olhar correr até aos confins da Serra do Açor.
Recordo também aqui uma figura de Pomares, o Álvaro, que na sua débil mentalidade era um devoto da Nossa Senhora das Necessidades e tinha a seu cargo, por iniciativa própria, amealhar donativos para esta capela, em nome daquilo em que acreditava.
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