O Rouxinol de Pomares

Quinta-Feira, acabados de almoçar, o céu está carregado de nuvens escuras, o calor e o ar abafado sufoca-nos. Lá longe, o ribombar dos trovões aproximam-se e pouco tempo depois Pomares está sob forte trovoada que faz tremer o peito do homem mais afoito.

Chove, de repente torna-se torrencial, por breves instantes as ruas enchem-se de água. De repente também vem a bonança. Tudo parece calmo, até a sirene do Bombeiros começar a ecoar no ar por três vezes. Anúncio de incêndio. Indaga-se, e a informação é que será para os lados de Monte Frio, já perto dos Parrozelos. Um "heli" passa com o seu saco de agua, vai e volta novamente. A curiosidade apodera-se de mim, meto a chave na ignição do Patrol, tracção metida e subo o monte num ápice. Bombeiros, Côja e Pampilhosa da Serra, sapadores florestais já em fase de rescaldo. O incêndio foi dominado, a protecção civil funcionou. Os nossos Bombeiros são competentes e empenhados.