Hoje foi dia de Assembleia de Freguesia de Pomares. Obrigatória de calendário, assim manda a legislação. Em discussão obrigatória estiveram a prestação de contas relativas ao ano passado. É um assunto a desenvolver um dia destes, porque merece, porque os pomarenses devem estar informados, e ainda, porque há coisas "giras" que só acontecem em Pomares...
O Bairro das Casas Cimeiras continua lindo. Aliás, nós temos sempre um carinho especial pelo nosso berço, e eu, que aqui nasci, brinquei e cresci, não me canso de o fotografar e mostrar. Sei que me repito, e já muitas vezes publiquei fotografias das Casas Cimeiras, mas nas mais de 5000 (cinco mil) fotografias que fazem parte do meu blog, eu já fotografei Pomares de todos os angulos e em todas as épocas do ano. Com sol, com chuva, com nevoeiro, com gente, sem gente, de dia, de noite, só me falta fotografar do ar. Vou pensar nisso, porque não há impossíveis...
Por mais que me custe dizê-lo, 38 anos após o 25 de Abril cada vez tenho mais a certeza que os "cravos" nunca chegaram verdadeiramente à minha terra. Nos ultimos anos, tenho passado esta data aqui em Pomares, e não prescindo, neste dia memorável, de ter cravos em casa e ostentar um na lapela. Ostentar um cravo, sou visto como se fosse um ET. Hoje, alguns, esquecendo-se que faço parte do lote dos portugueses que festeja esta data, olham para mim e ficam com ar espantado. De facto estou em contramão com o status quo que impera por aqui e que tudo faz para apagar e denegrir o 25 de Abril. Hoje os cravos no meu "Pontão" estão caídos, porque as politicas seguidas tentam derrubar e apagar da memória aquilo que esta data representa para muitos milhares de portugueses. Para mim, usar um cravo na lapela é lembrar-me dos tempos que não quero de volta: do analfabetismo, da fome, das crianças descalças, do país onde a coca-cola era proibida, onde as enfermeiras e as professoras primárias não se podiam casar, onde as mulheres não podiam usar saias acima do joelho, onde as mulheres só podiam ir para o estrangeiro com autorização do marido, onde não se podia pensar diferente, onde havia "bufos" denunciantes do vizinho, os torcionários da Pide e a prisão por ter ideias diferentes, é esse país que eu não quero, e é por isso que uso sempre um cravo neste dia, porque o 25 de Abril para mim não morreu. Viva o 25 de Abril, e tal como há 38 anos, um dia chegará em que os portuguese dirão basta. Há sempre alguém que diz não...e chegará o dia em que é preciso por termo ao estado a que isto chegou como disse Salgueiro Maia.
Sempre que passo pelo Miradouro de Avô, na ida ou na vinda a Oliveira do Hospital, e até na ida e na vinda de outros lugares, sinto um forte impulso de ali parar e tirar uma foto. O local atrai-me. Tem uma vista soberba sobre o casario e sobre o Rio Alva, podendo avistar-se a Serra da Estrela e a Serra do Açor, e confesso que Avô, quiçá por ser terra dos meus antepassados, exerce sobre mim um fascínio que nunca escondi. Esta é a terra do Dr. Vasco de Campos, o "João Semana" da nossa Serra do Açor, é a terra de Braz Garcia Mascarenhas, poeta contemporâneo do grande Luis Vaz de Camões, pouco conhecido fora de portas como poeta, e que também foi governador do Castelo de Alfaiates. Do "Viriato Trágico", a sua epopeia, está este azulejo no Miradouro de Avô, que "canta" os encantos da bela vila de Avô. Não é a primeira vez que falo de Avô e não será a ultima se Deus quiser. Avô é uma bela e antiga terra.
Já diziam os mais afortunados intelectualmente, seguidos pelos grandes percursores de José Mourinho, os treinadores de tv e de café, que quem não sabe falar de futebol e não tem nada que dizer...assobia para o lado e fala do tempo. Como não me incluo naquele lote, e de futebol então sou mesmo analfabeto, estou a precisar de uma net nova, que pela instabilidade que tenho por aqui acabou de me mandar para o "étereo" o post que tinha acabado de escrever.
Bolas, já não o consigo escrever da mesma forma, e muito menos igual. Pronto! Foi-se!
Não houve pompa nem circunstância, mas não faltou o Sr. Presidente da Junta, os correspondentes da imprensa regional, aqui o Blog O Rouxinol de Pomares e ainda alguns sócios e amigos, para além dos elementos principais da Direcção da Sociedade de Melhoramentos de Pomares que hoje, (ontem) festejou o nonagésimo segundo ano da sua fundação. Falou-se do passado e do presente, e o Sr Presidente da Junta, socorrendo-se do espólio jornalistico familiar, contou um episódio das dificuldades que a as direcções iniciais tiveram, e referiu o caso de um festejo com baile ao adro, prontamente proibido e reprimido pela Igreja (o pároco de então), situação extremada que levou até à possibilidade do desaparecimento da paróquia e ser integrada noutra. Podemos tirar daqui uma lição, nem sempre as coisas foram fáceis, e houve e haverá sempre gente que se opõe e oporá ao desenvolvimento e à inovação, mas a história diz-nos também que as forças do progresso acabam por sair vencedoras. Foi assim com a Sociedade de Melhoramentos de Pomares. Será assim com quem inova e quer o desenvolvimento da sua terra.
Parabéns para a mais antiga agremiação regionalista. Parabéns à Sociedade de Melhoramentos de Pomares.
E aniversário que é aniversário tem o respectivo bolo, apagam-se as velas e cantam-se os parabéns.
Já vi o cebolo...e espero que tenham passado um bom fim de semana! Cheguei, e o blog O Rouxinol de Pomares deixou de estar a partir deste momento em modo automático, e tendo em atenção que o cabeçalho é explicito e diz...uma forma de ver a Freguesia de Pomares-Arganil, as redondezas e outros lugares, vou falar de outra região. A razão deste automatismo, sinónimo de "intervalo" deve-se à minha ida a Tras-os-Montes, essa minha terra/região do coração, e Murça especialmente. Mesmo de noite continua linda. O que me levou desta e das outras vezes àquelas longinquas paragens é a familia, e desta vez fui lá por um motivo agradável e de orgulho, a minha sobrinha Néla licenciou-se, e obviamente que os tios e primos tinham de ir à queima das fitas. São esses momentos únicos da irreverencia da juventude que vos mostro nesta meia duzia de fotos, obtidas na queima das fitas que decorrem esta semana em Vila Real, a capital de Trás-os-Montes. Está expicada a minha ausencia...voltei, e por estes dias já estarei em velocidade de cruzeiro.
Missa, queima das fitas...e o banho vestidos no lago de água....bbbbrrrrrrrr...
Por estes dias o Blog vai entrar em "modo automático", e se notarem que está "parado" é porque fui ver se o meu "cebolo" está a crescer (estou a falar a sério). Tenham um Bom Fim de Semana.
Já agora, e porque provavelmente não chegarei a Pomares a tempo de dar pessoalmente os parabéns à direcção da Sociedade de Melhoramentos de Pomares, deixo aqui um abraço de parabéns, porque no dia 22 esta vetusta agremiação regionalista chega ao nonagésimo segundo ano de existência, e é sempre bom não esquecer quem tanto tem feito por Pomares e nem sempre lhe é reconhecido esse mérito.
Finalmente alcatroaram-me...e aleluia, fora do período de eleições autárquicas...
Pode parecer que estou para aqui a "botar faladura ao desbarato", mas para o leitor menos familiarizado com a nossa região do interior e muito menos com as nossas aldeias, pode parecer que um pedaço de alcatrão não tem grande importância. Pois, é aqui que reside a grande diferença entre o litoral e as nossas pequenas aldeias. Um palmo de alcatrão pode permitir uma qualidade de vida inimaginável para quem sente o cheiro do mar e está longe do cheiro do pinhal interior. Para quem sempre andou em passeios e estradas asfaltadas de sapatinho reluzente, não imagina o que é uma estrada poeirenta no pino do verão e um lamaçal no pino do inverno...que tem que percorrer para chegar a casa.
Sabendo disso, a política, ou melhor, os políticos, sempre utilizaram o betão negro como moeda de troca...mas desta vez parece que me ouviram, porque há dois anos que falei nisto, espreitem AQUI para verem as diferenças.
E digam lá se não está melhor assim...porque há pessoas a viver por aqui.
São já novecentos e tal mil as entradas no Blog O Rouxinol de Pomares, já são muitos dias a preocupar-me com o post a colocar, muitos quilómetros percorridos, muito dinheiro gasto para tirar uma foto da nossa Serra, do Vale do Alva, da Ribeira de Pomares, de Pomares, da Freguesia, do Concelho, dos nossos concelhos vizinhos, enfim, muitas horas passadas em frente do ecrã do portátil em vez de estar refastelado no sofá a ver um qualquer programa de televisão ou a ler um livro, ou simplesmente num "dolce far niente". Há muito tempo que penso que tudo deve ter um principio e um fim, e não sei bem porquê, há muito tempo que acho que quando o Blog O Rouxinol de Pomares atingir um milhão de entradas seria uma boa altura para terminar este projecto...
Tudo um dia tem que ter o seu fim...
Um dia é preciso reflectir, pensar em nós também, é preciso parar para pensar...
Obviamente que me está colado o rótulo de "Rouxinol de Pomares", e é obvio que não está excluída a hipótese de um novo projecto, ou de vários, porque Pomares está sempre presente.
Não é um dado adquirido, os "amigos" que não festejem já, nem dêm saltos de contente, porque é apenas uma intenção...e um milhão e cinco anos de trabalho é um belo número...e pelas minhas previsões ainda falta algum tempo para que se toque a finados...
Não sei porquê...ele há coisas levadas da breca...acordei hoje a pensar nos tubos que há "bué" de tempo repousam ali na curva ao "Chão". Ando cá e lá, e sempre que chego à terra, lá estão eles onde os botaram, quedos e mudos, que até já me habituei à imagem do "cano" que toda a gente sabe para que serve. Sinceramente, espero que ainda saiam de lá a tempo para levarem para longe os tais bichinhos coliformes que o ano passado andaram em sitio que não deviam andar e em época que não têm permissão para ir a banhos...
Mas também não seria caso único em Pomares se estes canos não fossem dar a nenhures... nas semanas anteriores às ultimas eleições autárquicas, na febre betuminosa que as antecedeu, houve canos e caminhos abertos, mas ainda hoje os canos estão á espera da ligação à tal ETAR...o cócó há-de ir parar a algum lado...
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