O Rouxinol de Pomares

Já repararam que é uma imagem conhecida, Mafra! O Convento de Mafra!

Por alguns dias não falarei na nossa terra, não é que não tenha assunto e material fotográfico, mas por vezes é preciso amadurecer alguns assuntos, esmiúça-los melhor e só depois...falar deles. Nesta lógica, não há nada melhor do que espairecer até outras paragens, os nossos horizontes alargam-se e o espírito também.

Falemos então um pouquito de Mafra, nomeadamente do seu ícone que é o Real Convento de Mafra e que me está aqui tão perto:

Mandado construir por D. João V, é o mais importante monumento Barroco Português. As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra. O Convento de Mafra possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas. A maior parte dos livros foi encomendada por D. João V, cuja existência conta com cerca de 38.000 exemplares, e para a sua conservação contribuem os morcegos que aqui habitam, os quais não permitem que as traças destruam as obras. É um edifício imponente com os seus famosos carrilhões, compostos por 92 sinos, que pesam cerca de 217 toneladas, foram encomendados por D. João V e são considerados os melhores do mundo. A forte ligação do palácio à música mantém-se até hoje.

Quando poderem e se poderem, visitem Mafra, pelo seu imponente Convento, pela Tapada Nacional de Mafra, com uma floresta povoada por inúmeros seres vivos entre os quais o lobo ibérico, o veado, o javali e ainda por uns pastelinhos deliciosos que se encontram nas pastelarias em frente ao Convento. Onde há conventos há bons doces...e o famoso pão de Mafra!

Para terminar, e a talhe de foice, leiam o Memorial do Convento, do Prémio Nobel, José Saramago.

Fiquem bem!