Pomares sempre teve uma ligação muito próxima com a sua ribeira. Essa ligação era ainda mais estreita no bairro das Casas Cimeiras, porque aquilo que nos separava dela era apenas um muro e umas escadas de fácil acesso. O coaxar das rãs, o guarda rios com a sua plumagem exuberante em voo rente à água. Eram sons e imagens que nos eram familiares. Era aqui, que enquanto a nossas mães lavavam a roupa e a punham a corar em cima da relva e dos juncos das margens, que nós garotos nos entretínhamos com os brinquedos que tinhamos à mão, pedras, atirando-as à superfície da água, escolhidas a preceito para saltitarem à tona até perderem a velocidade e afundarem. Era uma cana de pesca, construída com uma cana, cortada da margem, mais ou menos direita, com uma linha de nylon e um anzol que ficava rombudo em pouco tempo devido às pedras. O isco eram bolinhas de broa. A pescaria era nenhuma. As trutas lá continuavam em paz e sossego! Era o Poço das Casas Cimeiras, outrora cheio de vida. Para os mais novos era o Poço do Sr. Américo, comerciante paredes meias com este poço e simpático e saudoso senhor, que tinha uma paciência enorme para aturar os mais pequenos, não podendo esquecer a saudosa Isaura Fernandes sua esposa. Há pessoas de quem nós guardamos boas recordações e temos saudades. Essas eram as pessoas de bom coração. É este o Poço do Sr. Américo. O Poço das Casas Cimeiras.
Ora viva, amigo António Manuel, cordiais cumprimentos.
Interessante descrição principalmente das pessoas em apreço. Testemunhei isso muitas vezes. O Sr. Américo Fernandes, muito amigo do seu amigo, pessoa muito serena. Entre o Sr. Américo Fernandes e o meu Pai existia uma admirável estima e um respeito recíproco. Curioso, a Irmão do Sr. Américo, também ela Isaura, casou com o Sr. Manuel Figueiredo (Ferreiro), do Agroal.
Hoje, com a inauguração de mais um troço do IC6, dá-se mais um passinho no progresso da nossa região.
Caríssimo, Antóno, continuação de um bom dia com tudo de melhor.
Saudações cordiais,
Belchior Madeira Antunes
Zumba na caneca! (...) A temperatura está alta mas não há tempo para banhocas no poço do Sr. Américo... Vamos por as contas... em ordem para que possamos dar aos nossos visitantes tudo de melhor que Pomares tem. Proponho serenidade, sem esquecer o que, eventualmente, tiver que ser corrigido.
Eu acredito em P. O. M. A. R. E. S.
Para que não haja queixas de qualquer espécie.
Pensem Nisso.
«ARRIBA Pomares».
Caríssimo, António, tudo de melhor.
Saudações cordiais,
Belchior Madeira Antunes
De dita a 30 de Abril de 2010
Bons tempos!!!
A nostalgia apoderasse de mim.
As rãs a coaxar á noite, as crianças a brincarem durante o dia no "Poço das Casas Cimeiras" o Sr. Américo sempre com rebuçadinho para dar aos meninos.
Tempos em que tudo era mais simples, e harmonioso, tempos em que os pomarenses eram mais solidários, e bondosos.
Tempos em que a rivalidade era com os avoenses e não entre os pomarenses.
De Graça a 30 de Abril de 2010
Foi nesse poço que aprendi a nadar...lembro-me tão bem do som da água a correr e de todos os insectos que por ali andavam ( que medo da libelinha!), dos cardumes de pequenos peixes, da sombra das árvores por cima dos lavadouros ( que não passavam de pedras ajeitadas), das tardes tão quentes a contrastar com a água gelada da ribeira, da Ana Lúcia, da São, da Anita e do Miguel, do Mário e tantos outros miúdos. Adorava o Verão em Pomares!
Bj
Graça
De Ana Moringa a 30 de Abril de 2010
Eheheheheh
pois do poço do Sr Américo eu lembro-me mesmo era de gostar de ir lavar a roupa com a minha querida avò celeste, levar o cesto á cabeça, coisa que por lisboa não se via fazer :) e as banhocas ... belas banhocas querida amiga Graça, era sempre em festa. Obrigada Sr . Américo pelos sugos na hora de voltar a lisboa e dar por terminadas as férias de verão....Ò tempo volta para trás.......
Saudades
Ana Moringa (Anita)
De Tuareg a 30 de Abril de 2010
Saudades desses tempos em que passávamos o verão na ribeira sempre povoada de mulheres a lavar roupa! As pescarias, os banhos, as amoras, etc , etc .
Lembro-me do Américo (da tia Irene Fernandes) ter construído um barco em madeira que, quando foi posto na agua, foi ao fundo porque a água entrava entre as tábuas . Mas ele resolveu o problema tapando com alcatrão e então ainda passeamos algumas vezes nesse barco! hehehe
Bons tempos que já não voltam...
De Pedro henriques a 20 de Março de 2023
Boa tarde, estou a tentar obter mais informação da família do Sr. Fernandes (António Fernandes) que trabalhou em Lisboa na Pastelaria Emenda. Pelo que percebi de registos antigos, também a D. Isaura Fernandes e Sr. Américo Fernandes foram co-proprietários desta pastelaria.
No entanto, não consigo perceber as relações familiares (e se o Sr. José Fernandes, fundador da sociedade Fernandes, Lda era pai do Sr. António Fernandes).
Agradeço se puder devolver o contacto (e-mail: emendalargocamoes@gmail.com). .
Boa tarde, estou a tentar obter mais informação da família do Sr. Fernandes (António Fernandes) que trabalhou em Lisboa na Pastelaria Emenda. Pelo que percebi de registos antigos, também a D. Isaura Fernandes e Sr. Américo Fernandes foram co-proprietários desta pastelaria.
No entanto, não consigo perceber as relações familiares (e se o Sr. José Fernandes, fundador da sociedade Fernandes, Lda era pai do Sr. António Fernandes).
Agradeço se puder devolver o contacto (e-mail: emendalargocamoes@gmail.com). .
Boa tarde, estou a tentar obter mais informação da família do Sr. Fernandes (António Fernandes) que trabalhou em Lisboa na Pastelaria Emenda. Pelo que percebi de registos antigos, também a D. Isaura Fernandes e Sr. Américo Fernandes foram co-proprietários desta pastelaria.
No entanto, não consigo perceber as relações familiares (e se o Sr. José Fernandes, fundador da sociedade Fernandes, Lda era pai do Sr. António Fernandes).
Agradeço se puder devolver o contacto.
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