Domingo, 3 de Abril de 2011

Colóquio - Autarquias e Casas Regionais - Lisboa

 

A Casa da Comarca de Arganil, agora com uma direcção renovada, tem desde sempre mantido um relacionamento estreito com outras casas regionais, graças ao papel que desempenha na Associação das Casas Regionais de Lisboa (ACRL), e pela importância de Arganil no movimento regionalista sedeado na capital. Saliente-se também, que desde sempre tem mantido um relacionamento estreito com o Município de Arganil, que já deu os seus frutos com a parceria entre o Município e a Casa da Comarca de Arganil na realização da Feira das Freguesias, que se realiza em Junho, em Arganil, e que tem constituído um êxito indiscutível, facto assinalado na intervenção do Dr. António Cardoso, que representou o Município de Arganil neste Colóquio.  

A Casa da Comarca de Arganil, é uma das casas regionais associada da ACRL e uma das principais casas fundadoras desta associação que no sábado participaram no Colóquio - Autarquias Locais e Casas Regionais - Uma parceria a desenvolver.

Há mais de meia centena de casas regionais em Lisboa, embora se presuma, por falta de elementos, que só metade mantenha actividade regular. As casas regionais de Lisboa, um pouco abandonadas pelo poder político e atravessando dificuldades várias, acabaram por fundar a ACRL que culminou no sábado com o colóquio que tende a aproximar as casas regionais com o poder político.

Se há 50 anos as casas regionais foram fundadas com o objectivo social de juntar os conterrâneos, hoje entende-se que as casas regionais devem encarar o objectivo de divulgarem na capital a gastronomia, a cultura e o turismo da região de origem. Cada casa regional tem de promover juntamente com o seu município iniciativas nesse sentido e atrair investimento para as sua região de origem e ainda modernizarem-se por forma a atrair as novas gerações para o movimento regionalista. Desafios e palavras que foram deixados pelos vários intervenientes no colóquio.

Nove autarcas exposeram o trabalho que tem sido desenvolvido nos seus municipios. O objectivo de aumentar o conhecimento entre as casas regionais e os seus municipios foi amplamente conseguido. Esta forma de aproximação do movimento regionalista e do poder autarquico, foi uma boa iniciativa da ACRL, que está de parabéns pela participação e animação que o colóquio teve. O movimento regionalista ficou reforçado com esta iniciativa, que de uma forma generalizada mereceu todo o apoio das autarquias, que lhe reconhecem valor e um papel fundamental para o futuro.

 

 

Carlos Manuel, actual Presidente da Casa da Comarca de Arganil e um dos activos regionalistas e organizadores do colóquio.

 

 

Um auditório "bem composto" que não enjeitou os aplausos às várias intervenções dos oradores.

 

 

O Dr. António Cardoso, em representação do Município de Arganil, abordou a temática do papel do movimento regionalista no passado, abordou a problemática da desertificação do interior que pode vir a ser potenciada com a reforma administrativa que aí vem. Frisou que a Feira das Freguesias tem sido um êxito e que resulta de uma parceria do Município com a Casa da Comarca de Arganil.

 

 

 

Que me desculpem os outros autarcas e as outras casas regionais, de só falar em Arganil e nos concelhos mais próximos, mas este é um blog virado para a minha região, e nem eu pretendo, nem posso ter uma "abarcância" maior.

 

Na foto o Dr. Mário Almeida Loureiro, Vice-Presidente do Município de Tábua, que também referiu a importância no passado do movimento regionalista e o papel fundamental que pode ter no futuro. Salientou que em Tábua não há desemprego, referindo-se ainda às boas acessibilidades que Tábua tem, que permitem encurtar distâncias para os grandes centros e Lisboa, e a qualidade de vida que se pode ter nos concelhos do interior.

 

 

 

O Dr. Humberto Oliveira, Presidente do Município de Penacova, que referiu que Penacova é a capital da lampreia e a potencialidade da gastronomia no combate à desertificação. Apelou para as novas gerações levarem os amigos às origens dos seus familiares, ajudando a dar a conhecer as potencialidades da região.

 

 

O Sr. Joaquim de Brito, Presidente da ACRL

 

 

 

Em representação da Câmara Municipal de Lisboa, a Dra. Helena Almeida Santos.

 

 

Uma foto da "primeira fila" , onde se vê o Dr. António Cardoso, tendo ao seu lado direito o Dr. Francisco Araújo, Presidente do Município de Arcos de Valdevez e a seguir o Dr. Mário Loureiro do Município de Tábua. Do lado esquerdo, o Dr. Humberto Oliveira do Município de Penacova, seguido do Dr. José António, Vice-Presidente do Município de Tondela. Na fila de trás o staff do Município de Lisboa. 

 

 

Todos os intervenientes, bem como os representantes das casas regionais, receberam um diploma de participação. Na foto o Dr. António Cardoso a receber o seu diploma que lhe é entregue pelo Presidente da ACRL, Sr. Joaquim de Brito.

 

 

E a vez do Sr. Carlos Manuel, Presidente da Casa da Comarca de Arganil.

 

 

Pelo gesto, o Sr.Carlos Manuel, não esconde a satisfação pelo Colóquio ter corrido como o previsto. Bem! 

 

 

O Sr Presidente da Casa dos Tabuenses, recebe o seu diploma.

 

 

E o Sr. Presidente da Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra, recebendo o seu diploma.

 

 

O Colóquio foi encerrado com um almoço convívio na Quinta de S. Vicente em Telheiras.

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por rouxinoldepomares às 20:58
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4 comentários:
De bcmantunes a 4 de Abril de 2011
Viva, meu caro amigo António Manuel Silva, cordiais cumprimentos.
Como sempre o Rouxinol de Pomares não deixa os seus créditos por mãos alheias.
Não me vou socorrer das notas que tirei porque o amigo António Manuel Silva já disse o que de importante foi falado no referido colóquio.
Porém quero expressar algo do que penso sobre o movimento regionalista tendo em conta o que ele tem representado para o progresso das diversas regiões do nosso País.
É verdade que foi nas grandes cidades, de Lisboa, e outras, que alguns de nós, que procurámos as grandes cidades, nos valorizámos. Tivemos possibilidade de ajudar as nossas Aldeias a progredirem. Também é verdade que ajudámos essas grandes cidades a serem mais ricas. É justo que as grandes cidades, ricas e prósperas em todas as actividades contribuam para que as Aldeias que ficaram muito cedo sem os seus jovens, com 14, 15, anos vieram, talvez a grande maioria, para Lisboa, recebam agora o apoio da maior autarquia do País. Todas as autarquias da periferia de Lisboa beneficiaram da vinda de todos nós. Se falo em Lisboa, penso ao mesmo tempo noutras como Sintra, Oeiras, Almada, Loures, ou V. Franca de Xira.
Falta criar as condições para trazer o pão leve e a chanfana, de Pomares, Arganil, Coimbra, Portugal, para Lisboa.
Caríssimo, António Manuel Silva, parabéns e obrigado pelo enorme trabalho desenvolvido na divulgação da nossa freguesia Pomares, Arganil. Todo este trabalho acrescenta responsabilidade a cada nova aurora.
Saudações cordiais,
Belchior Madeira Antunes
De rouxinoldepomares a 4 de Abril de 2011
Meu caro amigo Belchior Madeira Antunes, gostei de ver o meu amigo.
Pois é o meu amigo tem razão. O interior pobre precisa de ser ajudado pelo litoral rico. Tem que se encontrar a "formula" para ajudar a contrariar a desertificação e aliciantes para fixação de pessoas. Redução de impostos, imi's, pdm's mais realistas etc etc etc.
O movimento regionalista (atenção que eu pouca ou nenhuma experiencia tenho nesta área) penso que pode desempenhar um papel social no futuro, tão ou mais importante do que aquele que desempenhou no passado.
Eu vou fazendo o que posso...sou um corredor de fundo solitário...
A propósito de pão leve, agora até marchava uma fatia...mas daquele com ovos das pitas verdadeiras e amarelinhos.
Um abraço
António
De Vitor Andrade a 4 de Abril de 2011
Olá !
Vocês falam em pão leve e a chanfana mas afinal vocês estão é com uma grande "larica" !
Agora a sério: conforme eu já disse é sempre de louvar estas iniciativas.
Esperemos que não fiquem exactamente por isso. É preciso dar continuidade à ideia e agora as Casas Concelhias "convocarem" as colectividades para definição de estratégias, sempre, mas sempre com a ajuda das Autarquias, nomeadamente as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia.
Espero que dentro da ACRL a Casa da Comarca de Arganil que tão bem tem exercido o seu papel, continue a ser ponto central (de encontro) entre as Colectividades e as Autarquias.
Só lamento que em relação às colectividades, só a Liga dos Amigos de Barroja tenha estado presente.
Um abraço a vocês 2, António e Belchior do
Vitor Andrade
De bcmantunes a 4 de Abril de 2011
Viva, meu caro amigo António Manuel Silva, cordiais cumprimentos.
Este tema, de resposta em resposta, dava para ficarmos aqui à conversa muitas horas e dificilmente se esgotaria.
Quero dizer o seguinte: Não me esqueci de falar em nenhuma autarquia que tenha acolhido os nossos conterrâneos ou outros trabalhadores que contribuíram para o progresso desta grande Região de Lisboa... Amadora, Odivelas e outros municípios, ou não existiam ainda ou tinham pouca expressão no contexto que estamos a tratar. Como Cascais onde moro, embora até conheça aqui meia dúzia de pessoas de Arcos de Valdevez e outras tantas de Ansião, Pombal. Certamente que haveria aqui alguém que servia os senhores que aqui vinham passar férias. Como se sabe grande parte dessas pessoas não moravam aqui.
De notar um pormenor; Havia 2 empresas muito importantes na empregabilidade dos cidadãos oriundos das nossas províncias: Empresa Geral de Transportes que fazia a distribuição das mercadorias que chegavam pelo Caminho Ferro a Santa Apolónia. A Empresa de Transportes Galamas que penso que ainda existe, fazia transportes, idênticos aos da EGT, para todo o País.
Havia também as empresas mais pequenas sedeadas no Campo das Cebolas, onde havia empresas da nossa Freguesia de Pomares, como por exemplo uma camionagem dos gémeos, António e Américo, do Sobral Magro. Acrescia o trabalho no Porto de Lisboa, muito bem pago, onde muitos trabalhadores oriundos de todos os lugares de Portugal trabalhavam.
Pegando nas palavras da frase, «tão ou mais importante do que aquele que desempenhou no passado»! As obras e festas deixaram de ser tão valorizadas porque para fazer uma obra do tipo fontanário de Pomares nem imagino o quão difícil foi. Só quem passou por isso é que sabe! Não deve ter sido fácil. Depois começou a ser mais fácil arranjar dinheiro... A vida nas Aldeias melhorou.
Era em Lisboa que se angariava o dinheiro para os melhoramentos que era preciso fazer.
Não conhecendo as leis que são aplicadas nas regiões autónomas, arriscaria dizer que fazendo um levantamento e adequando as leis a determinadas regiões do nosso interior, havendo uma dinâmica das Casas Regionais, sem oportunismos, com trabalho sério, aproveitando a força da juventude com ascendência nas várias Freguesias do Concelho de Arganil, se formos capazes de deixar de parte o individualismo e o bairrismo, atrevia-me a dizer que era possível voltar a haver feira em Pomares.
Sim, é preciso muito empenho e muitos sacrifícios pessoais!
Seria bom que os Portugueses se habituassem a utilizar as estradas do interior como por exemplo o IC3 e a N110 depois virar para a Lousã e daí explorassem toda a cordilheira até à Gardunha Fundão, S Vicente da Beira, Alpedrinha. Ou passando por Pampilhosa da Serra, Góis, Arganil, Côja, Oliveira do Hospital, ou Tábua.
Quem chega a Côja, terá de ir ao Piódão, à Fraga da Pena. Sugiro que faças mapas itinerantes para os diversos locais a visitar no nosso concelho de Arganil e que os coloques no blogue. Este é o sítio indicado para tal.
Caríssimo, António Manuel Silva, desejo tudo de bom.
Saudações cordiais,
Belchior Madeira Antunes

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