
Sexta Feira passada almocei em Torre de Moncorvo, a Terra do Ferro. Por variadíssimas vezes tinha passado por perto, mas nunca tinha dado por lá uma "voltinha", e como tudo na vida, há sempre uma primeira vez. Vivi no litoral quatro décadas, e ainda, nos dias de hoje, passo lá alguma parte do tempo, mas o interior do país, o interior cheio de história com "H" grande, sempre me atraiu, como se me chamasse. Moncorvo é terra de minério de ferro, é terra antiga, e isso está patente na sua Igreja Matriz que é o templo de maiores dimensões de Trás-os-Montes, que apenas vos vou mostrar por fora, por motivos que vos contarei mais adiante. Agora daremos uma pequena voltinha pela bela e antiga Torre de Moncorvo, que nos transporta a tempos idos...

Como não podia deixar de ser, tinha que tirar uma foto aos Correios, ou não me lembrasse eu da "minha" casa de trabalho. É um imponente edificio situado no centro histórico e intra muralhas nos restos do castelo medieval.
Dei uma primeira voltinha, mas andar às cegas não é aconselhavel e o Posto de Turismo está lá para nos ajudar. Foi aí que me dirigi e onde fui delicada e competentemente recebido e esclarecido. Assim está bem! As minhas desculpas, porque não tomei nota do nome da senhora que me atendeu, mas deixo lhe aqui um agradecimento público pela forma como divulga a sua terra e a sua região.
Ruas com história...

Com arquitectura que nos transmite...

que a concha é sinónimo que por aqui passava um dos caminhos de Santiago...

De arquitectura mais singela uma casa e uma varanda bem portuguesa...

Um fontanário Filipino...

Outra rua do centro histórico...

Uma porta portuguesa...com alma, e sem a campainha eléctrica de toque irritante...não há como "bater" à porta, porque cada porta tinha o seu próprio som, a sua identificação, como se de uma personalidade se tratasse...

Igreja da Misericórdia...

Brasão...

Uma outra rua...

Esta é a famosa Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, a maior em dimensão de Trás-os-Montes. De facto é impressionante e impressionante também é o que vos vou contar:
Perante uma construção de dimensões invulgares, obviamente que eu, fervoroso adepto da maquina fotográfica, rodeei o edifício, tirei umas quantas fotos e logicamente entrei. Olhei, observei, escolhi os melhores ângulos e sem fotografar as obras religiosas ao pormenor tirei umas quantas fotos ao interior da igreja. A igreja estava aberta e uma série de senhoras procediam à sua limpeza. Achei estranho o facto de uma senhora de casaco comprido falar ao telemóvel dentro da igreja, mas hoje em dia já nada se deve achar estranho...enfim...
Quando me dirigia para a porta de saída, vinha outro como eu com máquina fotográfica e foi aí que a tal senhora se me dirigiu e advertiu que não podia utilizar as fotografias da igreja sem previa autorização de um organismo, que dito de uma forma apressada não consegui fixar nem tomar nota, porque a diligente senhora disse estar com pressa, porque estavam vários turistas Búlgaros à sua espera...tentei insistir para tentar perceber e a resposta já em andamento foi se fosse á net e escrevesse Igreja Matriz de Moncorvo ficava esclarecido...ainda não estou esclarecido, porque nada encontrei...ou então sou um pouco burro, até porque fiquei a saber que o sucesso e o incremento do turismo em Torre de Moncorvo está nos búlgaros (!)...eu é que ando distraído(!)...
Tenho pena de não vos poder mostrar a imponência do monumento, e a Torre de Moncorvo que guarde e mostre a Igreja como entender...
Convem, já agora, esclarecer que não há qualquer aviso visivel sobre a proibição de captar imagens.

Se quiserem ver...vão lá...sem máquina...ou surdos...

E se por lá passarem não deixem de comer umas amêndoas típicas...
Seguramente voltarei a Torre de Moncorvo, come-se bem, a vila é bonita, tem história, alma e gente simpática, não sei é se voltarei à Igreja, provavelmente não vale a pena...porque não a posso mostrar...
Viva meu caro amigo António Manuel Silva.
Isso é que é andar ontagora távajaqui já tájai.
Belíssimo!
Além de ser terra transmontana agora está na moda. Deve ser por causa do minério.
Os tipos querem a igreja só para eles. Que fiquem lá com ela...
Caríssimo António Manuel foi com muito gosto que estive neste espacito.
Grande abraço,
Belchior Madeira Antunes
De Lelo Demoncorvo a 28 de Janeiro de 2012
Gostei do seu post e tomei a liberdade de o colocar no blogue :
http://lelodemoncorvo.blogspot.com/2012/01/torre-de-moncorvo-terra-do-ferro.html
Quando cá voltar ,diga.Gostamos de receber bem e de agradecer a quem nos divulga e é sincero.O nosso obrigado.
Leo Demoncorvo
Meu caro Lelo de Moncorvo, fico contente por ter visitado o Rouxinol de Pomares que como teve oportunidade de ver é um modesto blog que tenta à sua maneira falar essencialmente da Beira Serra e da Serra do Açor, centrado em Pomares, uma pequena freguesia do alto concelho de Arganil, paredes meias com o Piódão, a aldeia de xisto mais conhecida da zona e a Pérola da Serra do Açor. Como digo no cabeçalho, também posso mostrar outros lugares. Assim o tenho feito e no caso de Tras-os-Montes, com muito carinho. Gosto do nordeste transmontano. Um dia destes voltarei a passar por Moncorvo, até porque não vi tudo, e nessa altura aviso.
Obrigado e um abraço para Moncorvo.
António Manuel Silva
Vim parar a este seu cantinho por uma pesquisa que fazia na net. Captou-me a atenção, li, fui fazendo "Page Down" até que fiquei a "conhecer" Torre de Moncorvo...
Pelas fotos deve ser uma localidade lindíssima e cheia de História. O brasão é espectacular.
Continuação de bons passeios e descobertas.
Felicidades!
Cristina
(http://brisadoaltodaserra.blogspot.com/)
Olá cara Cristina. Quero agradecer-lhe ter deixado aqui a sua opinião. Obrigada! Ser blogger é uma paixão que nos pode levar a um Portugal desconhecido.
Se "navegou" por aqui um pouco, apercebeu-se que este é um blog que fala essencialmente de Pomares, uma freguesia do alto concelho de Arganil. Mas como não estou estático e não tenho patrocinios, permite-me ter a liberdade de falar de outras terras e lugares pelos quais passo e que gosto. Gosto obviamente de Tras-os-Montes e do interior em geral, embora passe algum tempo no litoral. Vicissitudes da vida!
Quando poder venha conhecer a Serra do Açor, Pomares, a sua praia fluvial, o seu parque de campismo, a freguesia, Avô, uma vila medieval e que já foi sede de concelho, o Piódão. a Senhora das Preces, etc, etc. Pode encontrar informação aqui no blog, que já tem mais de 5000 fotografias.
Cumprimentos
António Manuel Silva
Devo confessar Sr António, foi o belo canto do rouxinol que me atraiu para o seu pomar. Obrigada eu, por me ter deixado entrar.
Por acaso, Trás-os-Montes nunca tive o prazer de conhecer, mas deve ser bem bonito, bem como Piodão, a aldeia de xisto e toda a serra do Açor.
Pode ser que um dia me perca por essa zona, mas se assim for, perdoe-me o atrevimento, vou-lhe pedir o favor de me fazer um itinerário dos locais a visitar, pois quem não conhece a zona, como eu, precisa dos conselhos de alguém que saiba.
Pelo que vi, o seu blog não difere muito do meu, pois o meu também serve para “patrocinar” um lugar meio esquecido deste nosso Portugal: Salvaterra do Extremo, Concelho de Idanha-a-Nova. Conhece? Como gosta de passear e conhecer novos lugares, aconselho a visita. Se quiser também lhe faço um itinerário, lol.
Cumprimentos e tudo de bom também para si…
Cristina
Olá Cristina, boa noite!
Obrigada pelas suas amáveis palavras. É curioso que a zona da Beira-Baixa é aquela que não conheço, embora tenha ouvido falar em nomes de terras tantas vezes que me são familiares. Salvaterra do Extremo é um desses casos, assim como Idanha a Nova. Dessa região tinham origem muitos dos carteiros que trabalharam comigo nos CTT. Um dia que seja oportuno dou por aí uma voltinha.
Quanto a Tras-os-Montes, a minha mulher é de lá, e isso faz com que amiude dê lá um saltinho. Se um dia for a Murça prove o verdadeiro "toucinho do céu". Acabou de "marchar" uma fatia do dito. É capaz de fazer mal à elegância, mas faz bem ao palato, porque é do céu que se trata. Quanto a Moncorvo hei-de lá voltar brevemente, porque passo lá perto vindo de mais a norte. A minha base é em Pomares, embora o percurso seja Sintra-Pomares (Arganil)-Guarda-Trás-os-Montes. Se um dia for lá acima "apite", que terei muito gosto em fazer-lhe um itinerário e recebê-la por lá.
Quanto ao blog O Rouxinol de Pomares, de facto não difere muito do seu http://brisadoaltodaserra.blogspot.com/
O Rouxinol de Pomares procura divulgar essencialmente a freguesia de Pomares e o seu movimento regionalista, mas tem também um cunho pessoal muito forte. Se hoje procurar pelo Rouxinol de Pomares a qualquer pessoa de Pomares, logo lhe dizem quem é. É também o meu espaço de cidadania, onde não me inibo de trazer à tona ideais politicos e de justiça e de denunciar aquilo que me parece mal feito, ou que me mereça algum reparo. Não procuro o consenso, procuro antes a verticalidade e a transparência nos actos, e como blogger introduzi há quatro anos o "bichinho" da internet numa aldeia do interior. Cheguei a ter a cabeça a prémio! Foi giro!
Apareça! Cumprimentos e felicidades.
António Manuel Silva
De euroluso a 18 de Março de 2013
Tive mais sorte, recentemente, ao não encontrar a tal guia de turistas búlgaros que falava ao telemóvel dentro da igreja matriz. Às vezes damos com estafermos desses, armados em autoritários chefinhos que nos complicam a vida.
Mas também me incomodei, dentro da igreja, com um turista que sem o menor respeito, incluindo por quem rezava, tirava fotos, com flash, com o maior dos à vontades aos alteres. Não é só falta de cultura religiosa, de como se deve estar num templo sagrado, mas é também falta de educação elementar.
ap
Boa tarde, caro "euroluso". A situação que descreve é o oposto do que me sucedeu a mim, e concordo consigo quando diz que não é só falta de cultura religiosa...mas também falta de educação. Concordo que haja regras, mas não cegas!
Sabe, esta foi a primeira vez que fui a Moncorvo, mas já me desviei alguns quilómetros para lá voltar e almoçar por lá. A gente é simpática e come-se bem. Na altura que lá fui estava a chover e fazia frio. Espero lá voltar em breve. Moncorvo é um lugar agradável e com história, e eu gosto das duas coisas, e quando se come bem, ainda melhor.
Obrigado pelo seu comentário. Abraço.
António Manuel Silva
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