Arte Urbana, (Street Art, Urban Art, Graffiti Murals), ou a forma artística de contornar um problema de agonia de algumas artérias das nossas cidades.
Aqui fica o meu aplauso ao autor da pintura...
Mais uma vez O Rouxinol de Pomares sai do território em que está focado, para falar da sua cidade e da freguesia de Agualva e Mira Sintra, onde reside uma parte significativa do ano; e hoje vem falar-vos de uma iniciativa da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, daquilo que viu e registou em fotografia.
Começo por esta fotografia de grupo, que envolveu trabalhadores da autarquia, voluntários, gente anónima, alunos das escolas da freguesia, e o seu Presidente de Junta de Freguesia.
A iniciativa amplamente divulgada nas redes sociais e nos diversos locais públicos.
Vi o Presidente da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, Arqº Carlos Casimiro, envolvido directamente nos trabalhos.
O Presidente da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra é um jovem autarca que está próximo das pessoas, e tem vindo a envolvê-las com a sua cidade. As várias iniciativas que tem vindo a concretizar, as feiras saloias, a limpeza da Ribeira das Jardas e o Parque Linear, e outras, são disso exemplo. É um Presidente próximo, interventivo e interessado, e isso faz a diferença para melhor, porque a nossa cidade merece.
Vi gente bem disposta que plantou centenas de alfazemas para perfumar esta Parque Linear, que convida a uma passeata ao fim de tarde!
Mas mais do que as palavras, falam as fotos...
No centro da cidade de Agualva- Cacém, na freguesia de Agualva e Mira Sintra, e juntinho a uma das artérias mais movimentadas da cidade, na avenida dos Bons Amigos, fica o Jardim do Professor, que tem sido palco, todos os meses, de uma Feira Saloia. Ontem, sábado, fui até lá, e conto-vos o que vi:
- Vi algumas bancas de artesanato e de lavores, cujos "artesãos" aguentaram estoicamente o vento teimoso que poderia mover eólicas, tal a intensidade. Vi a actuação de dois ranchos folclóricos, saloios, e é disso que irão ver imagens, porque elas dirão mais do que aquilo que possa descrever.
E no post seguinte irão ver o Cante Alentejano, que teve por palco os Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém, onde decorre o Festival da Sardinha deste ano. Sigam-me:
Ao redor da estátua, a Feira Saloia.
Pouca gente, talvez porque durante décadas nada se passava em Agualva, depois de terem acabado com a Feira de Maio, com mais de uma centena de anos, e que atraía milhares de pessoas ao centro de Agualva, onde os grelhadores deixavam sair o cheiro das primeiras sardinhas, e os carrosséis faziam barulho pela noite dentro. Quando acabou, as pessoas abandonaram as ruas e remeteram-se às suas casas e aos centros comerciais, que entretanto proliferaram nas redondezas. O contacto, a entre-ajuda e o sentir da cidade como sendo nossa foi-se perdendo, e hoje é de louvar o esforço, o espírito e a iniciativa desta autarquia, que tenta devolver à cidade alguma vida que outros simplesmente mataram por "decreto". Certamente muitas serão as dificuldades, mas há que encontrar artes e caminhos que tragam as pessoas a participar na vida da nossa cidade e freguesia. O caminho faz-se caminhando, e continuar é a direcção certa...
Algumas das "bancas" da Feira...
Gente simpática...
Gente da minha cidade...
A actuação do Rancho Folclórico as Vendedeiras Saloias de Mem-Martins, Sintra, que apenas interpretou três ou quatro modas, acabando por descer do palco por achar o mesmo impróprio para a dança, devido à oscilação do piso e à alcatifa.
Ainda esperei que o Rancho trocasse o palco pelo piso térreo e continuasse a actuação, mas isso não aconteceu...
Seguiu-se o Grupo Folclórico e Cultural da Rinchôa-Sintra, e destaco a figura do "carteiro" a única que alguma vez vi em Ranchos Folclóricos. O carteiro sempre fez parte da comunidade e sempre foi estimado pelas populações.
Saliente-se o boné que é um original. Tive o previlégio de constactar e atestar a sua veracidade, ostentava ainda a marca RR (Rodrigues e Rodrigues), na Rua de S. Paulo, onde as muitas fardas públicas eram então confeccionadas.
Gente simpática, afável, e com uns trajes curiosos e muito bonitos, que reproduzem as vestes das várias profissões que as mulheres e homens desempenhavam nesta terra saloia.
Espero encontrar-vos novamente por aí...
Com esta sugestiva foto, de dois patos reais a voar na Ribeira das Jardas, hoje integrada no Parque Linear da minha cidade, quero-vos dizer que vou fazer um intervalozinho de uns dias...vou "voar"...
Podem sempre seguir-me aqui: https://www.facebook.com/rouxinol.depomares
É verdade! Já há muito tempo que não utilizava este tópico de "Urbanidades"! Há bué de tempo, para utilizar também um termo calão que nasceu na grande urbe trazido pelos nossos compatriotas que regressaram dos actuais palop's.
Esta é uma das vistas do IC19 ao entrar na cidade de Agualva-Cacém, que ainda está em obras com o programa Polis, com as obras da estação da CP que envolve túneis e alteração das vias de acesso. É a grande urbe, mas um sitio que até nem é mau para se viver!
A Praça da República situa-se na Freguesia de Agualva, e tal como no Largo de D. Maria II, os habitantes mais velhos de Agualva juntavam-se aqui à volta do cruzeiro e à volta de um coreto, entretanto desaparecido com as ultimas obras e requalificação da Praça, tornando-a, salvo melhor opinião, descaracterizada e cujo extenso espaço vai servindo para uns "graffitis" e pichagens de mau gosto e num espaço pouco acolhedor, e paradoxalmente, num deserto à volta de uma imensidão urbana.
Era aqui que se realizava uma das feiras mais antigas da região saloia, a Feira de Agualva, que desde 2005 anda de um lado para o outro e já sem a expressão que lhe conheci. A Feira de Agulava em Maio, que durava todo o mês, com carrosseis, farturas, etc etc, era uma referência na região, e era aí que se comiam as primeiras sardinhas assadas, tudo foi desaparecendo, não escapando o comercio local, que alguns fecharam as portas para sempre.
Das quatro freguesias que constituem a cidade de Agualva-Cacém, Agualva é a maior. A sua localização central e a sua dimensão conferem-lhe um papel importante, possuindo quatro jardins de infância, sete escolas do primeiro ciclo, uma escola do 2º e 3º ciclo e duas escolas secundárias. Os Bombeiros de Agualva-Cacém, também têm a sua sede na freguesia, mesmo em frente à Praça da República, e a Esquadra de Polícia também aqui se situa, assim como uma Biblioteca Municipal, para além de várias entidades desportivas e culturais.
Agualva tem vestígios antigos de ocupação humana, que constitui património; a Anta de Agualva, (já aqui "postada"), ao abandono, o sítio Arqueológico de Colaride, também ao abandono. Tem também na Praça da República, a Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo, mais conhecida como Quinta da Fidalga, fundada por volta de 1725, por José Ramos da Silva, provedor da Casa da Moeda e pai do escritor Matias Aires, (ultima foto).
Um espaço imenso...deserto!!!
Escapou o velho cruzeiro...
Umas obras e uma requalificação que tiveram a arte de transformar uma rua rectilinea em estreitas curvas e num entroncamento apertado...
Sabe-se que em meados de 1400, o Cacém tinha apenas algumas casas na Rua D. Maria II, na Rua Elias Garcia e Rua Marquês de Pombal.
O Largo de D. Maria II, é ainda hoje um dos lugares de reunião dos habitantes mais antigos de Cacém que se juntam à volta do chafariz, conversando ou bebendo um copo nas tascas da zona. Depois de nos anos 50 ter sido retirado, foi aqui novamente recolocado em 1998, voltando ao local inicial que por ordem de D. Maria II ali fora erguido em 1849, no antigo caminho de Lisboa a Sintra que os membros da Casa Real tinham que percorrer e é assim que o Largo e a Rua que desce até á baixa do Cacém devem o nome.
Rua D. Maria II, já requalificada e sobrelevada, (!?), com amplos espaços! O edifício ao lado é o mercado do Cacém...
A parte mais baixa da Rua D. Maria II. Rua que apenas tinha um sentido de transito descendente e que passou exclusivamente a pedonal, provavelmente sem ganhos notórios, quer para o trânsito, quer para os peões e para o comercio.
Já são raras estas casas, esta bem cuidada por sinal, que vão resisitindo à pressão do cimento...
A rede de comboios suburbanos da linha de Sintra, é inequivocamente a principal responsável pelo crescimento desalmado das povoações ao longo da linha. Quem conheceu a antiga estação da CP de Agualva-Cacém, e se há meia dúzia de anos não passa por cá, então já não vai reconhecer o sítio...
A baixa de Agualva-Cacém, está completamente transformada, embora o Programa Polis não esteja cumprido e bastante atrasado até, como é já normal nas obras publicas portuguesas. Contudo, com as obras ainda em curso, apresenta já uma imagem que seria difícil de imaginar anteriormente.
Agualva-Cacém, vila em 1985 e cidade em 2001, é hoje uma das duas cidades do Município de Sintra. A outra é Queluz. É ainda a quarta maior cidade da área metropolitana de Lisboa e a décima maior do país. Apesar da designação oficial da cidade ser Agualva-Cacém, existe quem a designe somente por Cacém. Portanto, dizer que se mora no Cacém pode significar na realidade estar a referir-se a morar numa das quatro freguesias; Agualva, Cacém, Mira Sintra ou Rio de Mouro.
Esta é a cidade que também vi crescer, porque afinal, entre as idas para o trabalho e ultimamente para Pomares, permaneci por aqui nos últimos 31 anos. Será portanto compreensível que volte a falar desta cidade que me é familiar! Ou seja, a minha cidade!
O "Largo da Estação" completamente revolvido...e tudo o que lá havia...foi-se...
Muito betão e cimento...para que uma rua e um largo se transformem em túnel e aguentem as muitas linhas de comboios...
Uma Rua transformada em túnel...
A nova Estação da CP, na parte debaixo, Rua Elias Garcia, e o espaço do terminal rodoviário onde antes existia um mercado e prédios...
Um túnel ainda não aberto ao tráfego mas que era uma velha aspiração e que substituiu a velha passagem de nível suprimida há alguns anos...
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