O apelo do campo, da ruralidade, é algo a que um serrano como eu não consegue resistir mesmo que esteja na cidade, e muito menos quando o mundo rural vem até nós. Ontem visitei o Portugal Agro, um certame dedicado a empresas rurais, que está a decorrer por estes dias no 3º pavilhão da FIL.
Fruta, e outros produtos de superior qualidade, numa mostra onde se percebe que a nossa agricultura requer mais atenção por parte dos nossos governantes, para ser competitiva num mercado global, porque a qualidade, essa não lhe falta, e é top. Talvez uma das melhores do mundo.
Empresas e associações mostram os seus produtos de superior qualidade.
Os enchidos de Trás-os-Montes...
Azeite, o ouro líquido.
Não faltou o Cão da Serra, uma das raças portuguesas mais conhecidas, e um excelente animal.
Concurso de Serras da Estrela.
Sintra não é só palácios, é também uma região onde se produzem produtos de alta qualidade.
Os conhecidos e famosos "travesseiros" e as queijadas da Casa Piriquita...
Produtos da terra...
Demonstrações de "Chefs"...
Trás-os-Montes bem representado também...
Pessoalmente não conhecia as maçãs de Carrazeda de Ansiães...
Só me custou ter de transportar uma caixa até ao automóvel, mas valeu a pena, são simplesmente deliciosas e não foram nada caras!
Da Bairrada...
Os trajes...
Das Confrarias...
Uma capa que faz inveja a muitas Armani's...
Mais divulgação e mais apoios...
A música também esteve presente...
Utensílios rurais...
Curiosidades de artesanato...e bengalas, quem as não tem?!
Aprendemos sempre e tomamos contacto com o que há em Portugal...
Já saí de noite da FIL.
Cada vez gosto mais de ser português, e cada vez mais amo o meu país. Portugal tem coisas boas!!!
Pouco usual por cá, decidi este ano experimentar a produção de morangos por hidroponia, depois de várias tentativas de produção de morangos se terem verificado mais trabalhosas e pouco produtivas. A água para a respectiva rega é gota a gota controlada, como se pode verificar pela fotografia...
Este ano espero comer morangos isentos de "taram-tam-tans" e com sabor ao respectivo fruto, coisa rara nos de compra de supermercado, lindos e rechonchudos, vermelhos por fora e "ora bolas" por dentro...
Cada vez gosto mais de mexer na terra, e estas "coisitas" não são mais do que um mero "entretém" que me dá prazer fazer.
O processo...
Plantados no final de Janeiro e protegidos das geadas com uma simples cobertura.
Agora, passados dois meses, foi colada à estrutura, com cola térmica a mangueira de 13m/m com saída de mangueira de 4m/m e respectivos gotejadores para cada vaso...
Pormenor das ligações e vaso.
Bidões (a cor é que é lixada!!!), onde foram feitos dois furos para a saída de duas mangueiras, que foram fixadas com cola térmica...
Um outro orifício no topo e da mesma medida para a mangueira de abastecimento de água...e mais três pequenos furos na tampa para respiros e evitar a entrada de insectos ou sujidades...
Fixado ao suporte, o bidão com as respectivas ligações de abastecimento e drenagem...
A poupança de água é evidente, e a reserva dá para 4/5 dias de autonomia, dependendo obviamente do calor e da necessidade de aumentar a rega. Para abastecer é simples...dois ou três minutos depois de abrir a torneira...
Esta foi uma das soluções, mas há outros planos e outras alternativas, e há gente com muito mais jeito do que eu em bricolage...
Espero ter despertado vontades adormecidas...mãos ao trabalho e boas colheitas...
As favas nos taludes da IC19/N117 estão quase criadas!
Já não é a primeira vez que trago aqui ao blog imagens da agricultura que se pratica às portas da cidade da Amadora, aproveitando os taludes das várias vias rodoviárias que se entrecruzam perto desta cidade da Grande Lisboa. Cada vez que por lá passo não posso deixar de admirar o trabalho que as pessoas ali fazem. Provavelmente pela necessidade, mas também provavelmente pelo amor à terra, porque aqui nota-se que esta gente aprendeu a trabalhar a terra e a tirar o sustento dela, com suor e com amor. Curiosamente, não vi por lá nenhum "branco", o que me deixa a pensar que aquela máxima de que o trabalho é para o preto, é verdadeira! Por isso é que Angola, segundo as notícias, tem um crescimento superior à Europa, e nós por cá "tugas" ficamos todos contentes com um crescimento de pouco mais de zero.
Deixo-vos aqui mais uns exemplos de como se aproveita todo o pedaço de terra,Alguns taludes até parecem herdades; herdades nos taludes!
Não é a primeira vez, nem por certo será a última que falarei da agricultura que é praticada nos taludes da IC19 e das outras vias junto à cidade da Amadora.
Por mais que evite pensar, e por mais que compreenda a grande diferença climatérica entre as nossas terras e estas, não posso deixar de reparar no aprumo e no aproveitamento dos "pedaços" de terra e da lição que daqui posso retirar. Nada percebo de agricultura, mas fascinam-me os desenhos feitos na terra arada para que as leguminosas e outros produtos que a terra produz à força de braço e enxada na mão e de muito suor escorrido possam um dia estar no prato de alguém e tirar-lhe a fome. O trabalho da terra foi porventura um dos primeiros trabalhos do homem na sua sedentarização a par da caça, e hoje, porque estamos habituados a tudo o que está embalado em supermercado, pouco valor damos a estes gestos simples da natureza que cresce dia após dia transformada pelo suor do homem. Um bom exemplo este. Não posso reprimir o meu lado camponês...
Podem perguntar porque é que me desviei do tema a que me propus. É exactamente a pensar nos campos do vale de Pomares, com água ali à mão e que se encontram improdutivos, que me levou a olhar para este exemplo em jeito de comparação.
Nas cidades onde o betão cresceu ao longo das últimas décadas, qualquer pedaço de terra livre tem um valor incalculável para dezenas de habitantes no sua maioria de origem africana.
Quem circula na IC19, pode avistar nos terrenos que circundam esta via, pequenas hortas que asseguram a subsistência de gente laboriosa. No meio do transito lá podemos ver os agricultores tratando das hortas que transformam os taludes da IC19 em campos de cultivo e onde já se avistam favas, couves, cebolas e outros tantos legumes.
Que fique o exemplo.
Para quem optou por vir passar o fim-de-semana à terra, não foi ajudado por S. Pedro. O tempo continua chuvoso e não permite dar uns passeios a pé, nem tão pouco se mostra convidativo para práticas ao ar livre.
A agricultura familiar também está a ser prejudicada por este tempo incerto e chuvoso e as pessoas vêem o seu esforço ir literalmente por agua abaixo. As temperaturas estão baixas para a época e as sementeiras não se desenvolveram como seria normal, e o excesso de chuva faz com que, por exemplo, o feijão não germine e aquele que germina, nasce "sem orelhas" como diz o povo, i.e. germina sem as primeiras folhas, acabando por morrer e as batatas também não se desenvolvem correctamente. Os pequenos frutos nas árvores acabam por cair sem atingirem sequer 1/3 do seu desenvolvimento. Só escapam as couves e as alfaces que suportam excesso hídrico e baixas de temperatura.
As economias familiares atravessarão um período difícil, não só porque o tempo não ajuda à agricultura, mas também pela carestia de vida com os preços de bens essenciais a subirem diariamente. Tempos difíceis para quem trabalha se avizinham.
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