Finalmente alcatroaram-me...e aleluia, fora do período de eleições autárquicas...
Pode parecer que estou para aqui a "botar faladura ao desbarato", mas para o leitor menos familiarizado com a nossa região do interior e muito menos com as nossas aldeias, pode parecer que um pedaço de alcatrão não tem grande importância. Pois, é aqui que reside a grande diferença entre o litoral e as nossas pequenas aldeias. Um palmo de alcatrão pode permitir uma qualidade de vida inimaginável para quem sente o cheiro do mar e está longe do cheiro do pinhal interior. Para quem sempre andou em passeios e estradas asfaltadas de sapatinho reluzente, não imagina o que é uma estrada poeirenta no pino do verão e um lamaçal no pino do inverno...que tem que percorrer para chegar a casa.
Sabendo disso, a política, ou melhor, os políticos, sempre utilizaram o betão negro como moeda de troca...mas desta vez parece que me ouviram, porque há dois anos que falei nisto, espreitem AQUI para verem as diferenças.
E digam lá se não está melhor assim...porque há pessoas a viver por aqui.
Esta é uma zona de Pomares que regista crescimento urbano, que é bem vindo para inverter a tendência de desertificação das nossas terras, mas o caminho e as restantes infra estruturas não acompanham esse crescimento. O alcatroamento, o saneamento e a iluminação publica são um direito e urge acelerar. É assunto para a próxima Assembleia de Freguesia. E pelo que assistimos à pouco tempo, ninguém pode dizer que não há alcatrão.
Do Torrão até à Boucha com residentes permanentes, é legítimo melhorar as condições de acessibilidade.
No Inverno não é fácil transitar a pé ou de automóvel por aqui, e no verão a poeira é insuportável.
Os meus amigos e leitores recordam-se concerteza de já se ter "falado" AQUI neste assunto.
Se na altura se achou estranho de só se ter alcatroado a curva e deixar um buraco de dimensões consideráveis e sem qualquer sinalização de aviso para o perigo, hoje, passado que é algum tempo, vemos com os nossos próprios olhos que o problema se mantém, e para cúmulo, a tapar o buraco, de há uns dias para cá, encontra-se uma velha mesa de madeira. Vêm bem? Uma velha mesa de madeira!!!
Se esta não fosse a minha terra, desatava a rir à gargalhada, porque só dá mesmo para não se levar nada a sério, mas como se trata da minha terra de que tanto gosto, fico cheio de tristeza de ver que as coisas são tratadas desta maneira!
Sinto-me indignado com esta incúria, e se dentro de dias encontrar as coisas na mesma, não se admirem de ver o assunto retratado num canal de TV. Apetece!
Faz hoje um mês que foi escolhida a equipa que vai governar a freguesia nos próximos quatro anos. Curiosamente, a mesma dos últimos quatro e de há muitos anos atrás. As remodelações e as mais valias apregoadas não terão qualquer significado, como teremos a oportunidade de ver.
Na semana que antecedeu o acto eleitoral era um frenesi de maquinaria, uma pandemia betuminosa que invadiu Pomares, não para resolver estruturalmente as vias, mas de uma forma cirúrgica e descarada de caça ao voto. Aqui está um exemplo, em que só foi alcatroada a curva, e mesmo assim, os trabalhos tardam em estar acabados. Sem sinalização adequada numa curva fechada eis um "buraco" que só há muito poucos dias está delimitado pelas fitas, o que acho insuficiente em matéria de segurança rodoviária. A febre betuminosa eleitoral tem destas coisas!...
Uma curva fechada, estreita, sem visibilidade e sem sinalização devida. Será que aqui não se pagam impostos? Porque devemos ser tratados de maneira diferente?
Ah! Já me esquecia que isto não é a tal auto-estrada, é um caminho onde passam automóveis e camiões. Sinalização para quê? É Pomares, concelho de Arganil, uma aldeia que vai perdendo população ano após ano.
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