As forças da natureza, nunca ninguém as venceu...todos nós sabemos isso, mas por vezes facilitamos e ignoramos regras elementares, que poderão potenciar as grandes forças da natureza, e quem se lixa é o mexilhão, que o mesmo é dizer, que quem está a juzante é que se lixa.
É o que eu penso, e é o que vos vou tentar explicar:
Consolidado há várias décadas, este terreno acabou por ceder à força da água que agora chega aqui com maior velocidade, apesar dos "postes" e de vigas de cimento que o estavam a sustentar.
Parte do muro e da terra que aqui está há muitas décadas está a ceder à erosão das águas...
Está em risco o pequeno terreno que possuo e onde me dedico ao cultivo de pequenas horticolas, onde pratico alguma cultura biológica. O caminho que me dava acesso ao motor de rega, já desapareceu...
Uma grande massa de água em grande velocidade
A Ribeira não tem obstáculos, corre livremente abrindo caminho e levando a terra.
No caso do estreitamento do leito e nas consequências de cheias, alertei, e penso até, que sensibilizei os responsáveis da Junta de Freguesia para o problema, mas a natureza já não deu tempo para se actuar...
Há que prevenir mais cedo!
A chuva não tem parado e nota-se bem no caudal. Há muito tempo que a Ribeira não se mantinha tanto tempo com uma cheia destas.
Outros estragos no campo do Grupo Desportivo Pomarense. A barreira cedeu.
Provavelmente há mais terra que irá ceder!
Junto à povoação das Corgas, pela força da água, terras, pedras e troncos, obstruiram a estrada que foi eficazmente limpa pela brigada da Junta de Freguesia.
Até o Barrôco da Lameira nos fez calçar as galochas para entrar em casa...
Em Avô, o abraço da Ribeira de Pomares com o Alva.
E em Avô, a água também provocou estragos.
As forças da natureza, nunca ninguém as venceu!
Surgiram há pouco tempo nas redes sociais criticas sobre a forma como foram podadas algumas árvores do Parque Desportivo D. Adelaide de Brito Peixoto Sanguinhetti Borbon Bobone. Prometi que me pronunciaria sobre o assunto depois de me inteirar dos motivos e opções junto da Direcção da Sociedade de Melhoramentos de Pomares, a legítima proprietária do espaço. Depois de me inteirar das razões que levaram à limpeza da barreira do campo de futebol, bem como a poda de árvores, incluindo o corte de um castanheiro que está no centro da polémica, venho a público repor o que se me afigura de inteira justiça que é devida a uma instituição que paga impostos e suporta custos com uma propriedade que está ao dispor da população pomarense, e que guarda a memória dos seus fundadores, que tiveram a honra de em boa hora fundar uma associação que sempre se norteou por lutar por Pomares e por criar as melhores condições para os pomarenses, e que hoje é a pioneira do movimento regionalista que nos deve orgulhar como filhos e descendentes de Pomares. Vou elencar aqui as razões que apurei, não como Presidente da Assembleia Geral de Sócios, mas como pomarense, que ao longo destes anos tem tido sempre uma palavra sobre aquilo que realmente tem de interesse para todos nós enquanto comunidade.
Em primeiro lugar, há que tornar público que a opção de limpar as ervas e o mato, bem como a poda das árvores, teve como prioridade o facto de estarmos perto do inicio de uma nova época futebolística para o Grupo Desportivo Pomarense, e em reunião entre as duas organizações, a Sociedade de Melhoramentos de Pomares, como proprietária que é do espaço, assumiu a limpeza do terreno e da barreira que é a "bancada" do nosso campo de futebol. Todos nós concordaremos que com o espaço limpo de silvas, de mato e ervas daninhas, dá um aspecto mais cuidado e é uma forma também de podermos receber com dignidade quem nos visita.
O corte de que o castanheiro foi alvo, tem a ver com a doença dos castanheiros que este já apresentava. Convém esclarecer que a desmatação e a poda das árvores foi executada pelos sapadores florestais de Alvôco, pessoas especializadas na área florestal e com inúmeros trabalhos prestados em Pomares, e em quem a Sociedade de Melhoramentos confia, já que tem sido esta organização a prestar-nos serviços por mais do que uma vez. Se alguém está a pôr em causa a competência técnica, e se tem uma outra opinião técnica devidamente fundamentada, que se chegue "à frente" e diga em local próprio, que será a próxima Assembleia Geral de Sócios da S.M.P.
Se houvesse a intenção de cortar sem critério, não se teriam preservado e podado algumas espécies, como é por exemplo este pessegueiro (!), numa barreira.
Basta olhar em redor para ver o estado dos castanheiros que dantes constituíram o Soito da Sernada, o nome do local...
Eu percebo onde se pretende chegar, mas deixem-me dizer que sempre se podaram castanheiros, de forma drástica, alguns mais velhos que o castanheiro em causa. Concordo que o castanheiro não ficou bonito, mas perante o corte total, faz-me lembrar alguém que tenha que cortar uma perna em opção a morrer...não é bonito ter só uma perna, mas continua-se a viver...
E pergunto eu:
- Uma direcção não terá a legitimidade de poder decidir podar as árvores da (sua) propriedade da associação?
Por acaso alguém se preocupa com o dinheiro necessário para pagar impostos da propriedade que inclui o parque infantil que nunca foi desanexado? Por acaso alguém se preocupou até agora em tornar a Sociedade de Melhoramentos de Pomares instituição de utilidade pública para ficar isenta de impostos? Alguém se preocupou com os quase 500 euros para limpar todo aquele espaço? Pois...essa é uma preocupação da direcção, legitimamente eleita e em funções, que mal ou bem decide. E só os sócios podem, em sede própria, criar opções...e fazer melhor!!!
Neste momento não é bonito o castanheiro, mas se a natureza ajudar, ainda vai ficar uma árvore de verdade, mas a mim choca-me mais ver este "mono" de plástico velho e bolorento, e quem critica a opção do que se fez numa propriedade de uma organização, dando mostras de vistas largas, poderia já ter visto que aqui ficaria melhor uma barraquinha em madeira. Por certo o Grupo Desportivo Pomarense, não a rejeitaria...
Sabendo que o castanheiro estava doente agora viram-se para as tilias...a poda foi corrigida para que não fiquem acachapadas como estas...
Quem critica devia preocupar-se com o que realmente se devia preocupar...com o que é realmente público, do que é mantido pelos nossos impostos, mas sempre houve a péssima tendência de falar na vida do vizinho...e nunca se vê o cisco no próprio olho...
Quem critica da forma que o fez, não tem a noção do que é publico e do que não é, mas se estivesse ao serviço do verdadeiro interesse de Pomares e dos pomarenses, em lugar de partilhar para os amigos e de mandar uns "bitaites" nas redes sociais, devia isso sim, apresentar ou participar num plano em conjunto com a Sociedade de Melhoramentos que pudesse melhorar a barreira, tornando-a mais uniforme com especies autoctones e resistentes a geadas, com a plantação de arvores adquadas ao local e à nossa paisagem urbana/rural. Isso beneficiaria o local envolvente e toda a nossa terra. Uma atitude dessas é que era de enaltecer, mas estou convencido e tenho a certeza que Pomares irá pagar caro no futuro a forma como tem sido incentivado e acicatado a maledicência e os ódios nestes últimos anos.
Já escrevi demais, mas não posso deixar de vos mostrar que estas árvores e castanheiros que estão junto do parque infantil, estão cheios de heras e com alguns ramos secos, condenados a secar, (morrer), sujeitos a cair para cima de alguém que se sente nos bancos de merendas que estão por baixo, e que também são propriedade da Sociedade de Melhoramentos. Deveriam ser sujeitos a uma poda selectiva, mas tudo isto vem desmotivar quem ainda tem alguma força anímica para trabalhar voluntariamente na Sociedade de Melhoramentos de Pomares, que o mesmo é dizer, por Pomares e pelos pomarenses.
Sabemos que é conversa que a lenha saída do local devia ter sido vendida. Como? A S. M.P. não passa recibos!!! Pode é trocar a lenha que se encontra abrigada da chuva, por um donativo justo. Se alguém estiver interessado contacte a Direcção.
As fotos que se seguem é para vos mostrar o que atrás escrevi. Galhos secos, castanheiros e cerejeiras bravas entre eles...
Ramos secos...e heras que inevitavelmente irão asfixiar os castanheiros...é uma questão de tempo se não forem podados...
A hera num abraço fatal ao castanheiro...deixa-se assim ?
Diga-se o que se disser e o que algumas mentes quiserem, mas daqui...
Lá d'além...
Ou d' ali de baixo do campo, isto tudo limpinho está muito melhor...
Nunca vi preocupação com os pinheiros secos que vão caindo para cima dos castanheiros, nem vi alarido no facebook que agora está na moda e serve para alguns finalmente gritarem que já não são infoexcluídos...
Nunca vi preocupação com isto, nem vi que partilhassem no facebook...
Nem com estes...
E estas tílias anãs? Sabem porquê, não são bonsais, são o resultado disto...
...o mesmo que mandou podar isto, assim...cheia de "cabulos", mas as árvores mutiladas são as da Sociedade de Melhoramentos, esta que é pública... já tem uma poda "normal", não acham?
E para terminar, que já me alonguei, só me posso rir...perante a "lata" ..."sombras agora só de noite"....
Como agora não é ainda de noite, mas é Outono e o Sol não queima, venham dai fazer-me companhia que eu já estou velho para me sentar nos bancos, assim desta maneira...
A Primavera aí está, apesar da pouca pluviosidade e do tempo seco que se faz sentir, as arvores vão tomando as suas cores próprias desta estação, que este ano nos bateu à porta um dia antes, porque o equinócio apressou-se. Já nada é o que era!
Em Pomares os pessegueiros mais temporãos tomam as suas cores rosadinhas.
Este ano os campos estão menos verdejantes e a Primavera parece um pouco mais triste. Provavelmente solidária com este país entristecido, devido à política recessiva que nos está a ser imposta.
Aqui e acolá uma pereira, ou uma cerejeira, veste o seu manto branco.
E fica sempre bem no campo a cor amarela das mimosas, esta espécie invasora.
Penso que é uma Ficus macrophylla, segundo a minha pesquisa, (felizes aqueles que conhecem os nome das árvores!), que com os seus 25 metros de copa fornece sombra suficiente para alguns lisboetas que matam o tempo jogando uma "suecada" nos bancos deste jardim lisboeta. Falo do Jardim Constantino, que deve o seu nome a Constantino José Marques de Sampaio e Melo, nascido a 18 de Agosto de 1802 em Torre de Moncorvo, vila transmontana que visitei há poucos dias e que aqui descrevi. Constantino José que veio de Tras-os-Montes para a Lisboa, veio a tornar-se um dos maiores e mais conhecidos floristas da época, com nome nas principais praças europeias.
Voltando à árvore, é, pelo seu porte e raízes, imponente, mas não é a arvore mais exótica que aqui se encontra, essa tem um porte mais pequeno e é mais rara e chama-se Melaleuca, que tem como particularidade a casca caduca. Lisboa tem mais de uma centena de espécies e mais de 600 mil árvores, fruto da nossa demanda pelo mundo e cujo clima mediterrânico propicia esta variedade.
Por falar em árvores...veio-me hoje à lembrança, como é comum dizer-se, umas "phodas" que algumas árvores em Pomares sofreram em pleno mês de Junho.
Pomares, tem até bastantes árvores, algumas frondosas qb, mas as árvores nunca são demais.
Aquilo que vos mostro aqui, é apenas uma ínfima parte do que se terá passado, porque muito boa gente viu cortadas oliveiras e árvores de fruto sem uma explicação lógica para o sucedido. Tão lógica quanto o estilo "sui generis" das podas. Digamos que foram umas podas de verdadeiros artistas do serrote e moto-serra! Pelo que é visível, gente sem a mínima formação para a tarefa e muito menos com sentido estético e até de responsabilidade.
E assim vai a minha terra...
Eu explico:
- Segundo ouvi dizer, uma empresa contratada ou sub contratada pela EDP, procedeu ao corte, ao desbaste e à poda de tudo o que era árvore que estivesse no caminho dos fios eléctricos, sem dar cavaco a ninguém...e como podem ver o resultado foi esta maravilha...
Alguns proprietários que foram confrontados com árvores de fruto, oliveiras, etc, e em alguns casos com extensões consideráveis de pinhal cortado, ficaram à beira de um ataque de nervos e não é caso para menos...estamos num país de direito e isto não é da "Joana", mas até parece ser...
Porque procederam assim?
Tinham ordens para o fazer?
Quem tem responsabilidades?
Quem nos protege destes verdadeiros atentados à propriedade privada e pública?
Resta-nos o direito à indignação, mas nesta sociedade paga-se caro a coragem da denúncia...
O estado em que o "chorão" que estava lindíssimo ficou...que até é uma árvore que pela sua flexibilidade e leveza jamais poderia danificar um fio eléctrico. Pelo menos que tivessem alguma estética na poda, e nunca em Junho...
Outra "obra prima" numa das árvores mais bonitas que se encontram em Pomares.
Digam lá se não é da gente ficar de cabelos em pé e mandar alguns gajos...dar uma voltinha!?
Como se não bastasse o "lindo serviço" os restos ficaram em montinhos a secar...
Há dias para tudo!
Hoje comemorou-se o " Dia internacional de Subir às Árvores".
Por razões obvias não me foi possível subir a nenhuma árvore, (coitadinha da árvore), é que a idade e o peso já não permitem tais aventuras. Contudo, para assinalar a efeméride aqui vos deixo o tronco de uma árvore de espécie protegida com a Foz da Moura a servir de fundo.
Para quem trabalha, uma boa semana, são os desejos do Rouxinol de Pomares
Junto ao seu robusto tronco e olhando-as cá de baixo, vê-se o seu porte altivo e adivinha-se-lhes a provecta idade. São MONUMENTOS VIVOS.
Parece impossível existir bem perto de nós um recanto tão bucólico e aprazível como este, onde na base de cada espécie de árvore está colocada uma placa informativa e uns quantos bancos a convidar a um pic-nic, ou simplesmente a um descanso ou meditação.
É só dar um saltinho a Vale de Maceira, é lá que as visito sempre que posso.
Veja-se o contraste! Todas estas árvores foram podadas! As da foto acima, do parque de merendas, tapam o que não devem e a de baixo nada tapa!
As de cima foram podadas a medo e deixaram-nas maiores que o necessário porque estão para além do seu limite e esta última foi vítima de uma phoda radical. Critérios!...
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