Este fim de semana fui até à Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, local onde as Casas Regionais celebraram o Dia Nacional das Colectividades, e onde mais uma vez a Casa da Comarca de Arganil esteve presente, e se fez representar por uma barraquinha com produtos lá da terra, e com a actuação do Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa, o Rancho residente da Casa da Comarca. Esta foi a principal razão que me levou até lá. Mas há sempre muito mais para ver, ouvir e provar.
Do Rancho da Ribeira de Celavisa, Armindo Ladeira.
A descrição etnográfica de cada dança é exemplar.
Um actuação para muita gente que veio até à Alameda neste fim de semana.
Os usos e costumes da nossa região em palco.
É sempre reconfortante sentir os ventos da Serra do Açor na capital.
No dia anterior, sábado, também não estavam longe as minhas raízes. A Pampilhosa da Serra também esteve representada, esteve em palco com o seu grupo de concertinas, e tocando o bombo, na ausência do titular, o meu primo Sérgio Vicente, vice-presidente da Casa da Pampilhosa da Serra.
Em palco, o folclore mexido e exuberante nas suas cores dos trajes minhotos. O rancho Folclórico Dançar é Viver, que representou a Casa Cerveirense. E foi na tasquinha de Vila Nova de Cerveira que ontem botei abaixo um chouricito com broa, empurrado com uns copitos de tinto verde, daquele de cor rubra como o nosso sangue.
Se há coisas coloridas que nos chamam a atenção são os tabuleiros de Tomar, e esses também estiveram presentes.
E por falar em coisas coloridas, esta são porventura as melhores cerejas que comi até hoje. Não foram baratas, mas nos dois dias que lá fui, marcharam duas caixas, e nem uma cereja estragada. Quanto ao queijo, ainda está ali à espera da faca, mas pelo cheiro, promete! A barraquinha da Covilhã passou a ser um ponto de passagem obrigatória...
..até pela simpatia com que somos atendidos. As cerejas esgotaram...eu vi!!!
Ao longo de uma das laterais da Alameda perfilavam-se as barraquinhas visitadas por muita gente.
E na apresentação dos intervenientes em palco, o Sr. Joaquim Brito, Presidente da ACRL (Associação das Casas Regionais de Lisboa), uma das entidades promotoras, à qual a Casa da Comarca de Arganil pertence.
E em actividade, o amigo Carlos Manuel, Presidente da Casa da Comarca de Arganil.
E como podem ver, vale sempre a pena vir visitar estas iniciativas, porque há sempre muita coisa para ver e provar...
A Casa da Comarca de Arganil, agora com uma direcção renovada, tem desde sempre mantido um relacionamento estreito com outras casas regionais, graças ao papel que desempenha na Associação das Casas Regionais de Lisboa (ACRL), e pela importância de Arganil no movimento regionalista sedeado na capital. Saliente-se também, que desde sempre tem mantido um relacionamento estreito com o Município de Arganil, que já deu os seus frutos com a parceria entre o Município e a Casa da Comarca de Arganil na realização da Feira das Freguesias, que se realiza em Junho, em Arganil, e que tem constituído um êxito indiscutível, facto assinalado na intervenção do Dr. António Cardoso, que representou o Município de Arganil neste Colóquio.
A Casa da Comarca de Arganil, é uma das casas regionais associada da ACRL e uma das principais casas fundadoras desta associação que no sábado participaram no Colóquio - Autarquias Locais e Casas Regionais - Uma parceria a desenvolver.
Há mais de meia centena de casas regionais em Lisboa, embora se presuma, por falta de elementos, que só metade mantenha actividade regular. As casas regionais de Lisboa, um pouco abandonadas pelo poder político e atravessando dificuldades várias, acabaram por fundar a ACRL que culminou no sábado com o colóquio que tende a aproximar as casas regionais com o poder político.
Se há 50 anos as casas regionais foram fundadas com o objectivo social de juntar os conterrâneos, hoje entende-se que as casas regionais devem encarar o objectivo de divulgarem na capital a gastronomia, a cultura e o turismo da região de origem. Cada casa regional tem de promover juntamente com o seu município iniciativas nesse sentido e atrair investimento para as sua região de origem e ainda modernizarem-se por forma a atrair as novas gerações para o movimento regionalista. Desafios e palavras que foram deixados pelos vários intervenientes no colóquio.
Nove autarcas exposeram o trabalho que tem sido desenvolvido nos seus municipios. O objectivo de aumentar o conhecimento entre as casas regionais e os seus municipios foi amplamente conseguido. Esta forma de aproximação do movimento regionalista e do poder autarquico, foi uma boa iniciativa da ACRL, que está de parabéns pela participação e animação que o colóquio teve. O movimento regionalista ficou reforçado com esta iniciativa, que de uma forma generalizada mereceu todo o apoio das autarquias, que lhe reconhecem valor e um papel fundamental para o futuro.
Carlos Manuel, actual Presidente da Casa da Comarca de Arganil e um dos activos regionalistas e organizadores do colóquio.
Um auditório "bem composto" que não enjeitou os aplausos às várias intervenções dos oradores.
O Dr. António Cardoso, em representação do Município de Arganil, abordou a temática do papel do movimento regionalista no passado, abordou a problemática da desertificação do interior que pode vir a ser potenciada com a reforma administrativa que aí vem. Frisou que a Feira das Freguesias tem sido um êxito e que resulta de uma parceria do Município com a Casa da Comarca de Arganil.
Que me desculpem os outros autarcas e as outras casas regionais, de só falar em Arganil e nos concelhos mais próximos, mas este é um blog virado para a minha região, e nem eu pretendo, nem posso ter uma "abarcância" maior.
Na foto o Dr. Mário Almeida Loureiro, Vice-Presidente do Município de Tábua, que também referiu a importância no passado do movimento regionalista e o papel fundamental que pode ter no futuro. Salientou que em Tábua não há desemprego, referindo-se ainda às boas acessibilidades que Tábua tem, que permitem encurtar distâncias para os grandes centros e Lisboa, e a qualidade de vida que se pode ter nos concelhos do interior.
O Dr. Humberto Oliveira, Presidente do Município de Penacova, que referiu que Penacova é a capital da lampreia e a potencialidade da gastronomia no combate à desertificação. Apelou para as novas gerações levarem os amigos às origens dos seus familiares, ajudando a dar a conhecer as potencialidades da região.
O Sr. Joaquim de Brito, Presidente da ACRL
Em representação da Câmara Municipal de Lisboa, a Dra. Helena Almeida Santos.
Uma foto da "primeira fila" , onde se vê o Dr. António Cardoso, tendo ao seu lado direito o Dr. Francisco Araújo, Presidente do Município de Arcos de Valdevez e a seguir o Dr. Mário Loureiro do Município de Tábua. Do lado esquerdo, o Dr. Humberto Oliveira do Município de Penacova, seguido do Dr. José António, Vice-Presidente do Município de Tondela. Na fila de trás o staff do Município de Lisboa.
Todos os intervenientes, bem como os representantes das casas regionais, receberam um diploma de participação. Na foto o Dr. António Cardoso a receber o seu diploma que lhe é entregue pelo Presidente da ACRL, Sr. Joaquim de Brito.
E a vez do Sr. Carlos Manuel, Presidente da Casa da Comarca de Arganil.
Pelo gesto, o Sr.Carlos Manuel, não esconde a satisfação pelo Colóquio ter corrido como o previsto. Bem!
O Sr Presidente da Casa dos Tabuenses, recebe o seu diploma.
E o Sr. Presidente da Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra, recebendo o seu diploma.
O Colóquio foi encerrado com um almoço convívio na Quinta de S. Vicente em Telheiras.
SÁBADO 09:30 - 13:00
ANFITEATRO ORLANDO RIBEIRO - BIBLIOTECA DAS TELHEIRAS - LISBOA
AUTARQUIAS LOCAIS E CASAS REGIONAIS - UMA PARCERIA A DESENVOLVER
Com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, que disponibilizou o Anfiteatro Orlando Ribeiro, na Biblioteca das Telheiras em Lisboa, (Antigo Solar da Nora, Estrada das Telheiras 146, 1600-772 LISBOA), a ACRL, (Associação das Casas Regionais de Lisboa), vai promover na manhã de sábado dia 2 de Abril, a partir das 09:30, um colóquio subordinado ao tema, "Autarquias Locais e Casas Regionais - uma parceria a desenvolver", convidando para o efeito os Presidentes dos Municípios representados em Lisboa por Casas Regionais.
O colóquio terá uma saudação de boas vindas pelo Presidente da ACRL, a abertura pelo Presidente do Município de Lisboa, António Costa e será moderado pelo jornalista Paulino Coelho da Rádio Renascença.
A Casa da Comarca de Arganil gostaria de ver presente na assistência um número significativo de Arganilenses, pelo que agradecem a presença. Estará presente o Presidente do Município de Arganil, Ricardo Pereira Alves.
Casa da Comarca de Arganil - Rua da Fé, 23-1º, Lisboa
Realizou-se na Praça da Figueira, uma das principais praças de Lisboa, e integrado nas Festas de Lisboa o Fim de Semana das Regiões e das Casas Regionais em Lisboa.
Arganil, esteve representado pela Casa da Comarca de Arganil, pelo Grupo Etnográfico Raízes do Sobral Gordo e pelo Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa que actuaram já altas horas da noite.
Um encontro regionalista mesmo no coração de Lisboa, mostrando a importância das várias regiões do país na cultura e desenvolvimento da capital.
Um aspecto da Praça da Figueira, ontem dia 30 de Maio cerca da meia-noite.
Lisboa, uma cidade cosmopolita, com a sua "baixa" que continua linda, onde ainda se pode passear em segurança a altas horas da noite. O café Nicola um ex-libris da cidade em pleno Rossio.
O stand da nossa Casa Regional, a Casa da Comarca de Arganil e onde no seu interior se pode ver o presidente desta prestigiada casa, Sr. António Francisco, nosso conterrâneo da Sorgaçosa, Pomares.
Presentes também algumas Casas regionais nossas vizinhas.
E outras Casas de mais longe, esta de Trás-os-Montes, também muito concorrida devido às suas iguarias. É esta diversidade que faz de nós portugueses um povo único no mundo e um país de belos contrastes.
Artesanato, gastronomia, jogos tradicionais, espectáculos, em parceria com a Associação das Casas Regionais permitiu um evento de cariz festivo que espelhou as valências artisticas, sociais e culturais dos vários concelhos e regiões aqui representados.
O Grupo Etnográfico Raízes do Sobral Gordo, na sua longa espera para a actuação, junto à estátua equestre de D. João das Regras em plena Praça da Figueira, Lisboa.
A líder do Grupo, Odete Francisco, que tão bem sabe prestigiar o nome da Freguesia de Pomares, da sua terra natal, Sobral Gordo, e do Concelho de Arganil, junto aos restantes membros do grupo aguardando o momento de subirem ao palco.
É uma manifestação de amor à terra e às origens a que tive o privilégio de tornar a assistir, com a actuação do grupo Raízes do Sobral Gordo, e não poderei ignorar o gesto simpático de cortesia com que eu, Rouxinol de Pomares, fui presenteado com a dedicação de uma das suas modas em pleno coração de Lisboa. Gente assim, que não se poupa a esforços para levar o nome da nossa terra bem longe, merece-nos todo o apoio, respeito e carinho.
Podem sempre contar comigo.
A entrada em palco do Grupo Etnográfico Raízes do Sobral Gordo.
Um momento da sua actuação.
Actuação do grupo residente, Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa.
Ambos estiveram de parabéns pelas suas actuações que espelham as nossas tradições e a nossa cultura, da Beira-Serra, da zona do xisto e da nossa Serra do Açor.
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