Fruto das chamadas redes sociais, todos podem saber, a qualquer hora, o que se passa no mundo, e quem diz no mundo, pode ser também no nosso pequeno mundo. Hoje todos são fotógrafos e todos são jornalistas, e porque as imagens valem mais do que mil palavras, deixo-vos com estas imagens de um dia em que choveu bastante em Pomares, sem causar danos, apenas encheu o caudal da nossa Ribeira e fez jorrar mais água do Barroco do Cabido, mas sem frio, até parece que nem estamos no Inverno.
O som da melodia emblemática da gaita do amolador, avisa a vizinhança que está na rua, e substitui o tradicional pregão das profissões já desaparecidas. O poder da palavra cantada, é substituído pelo som inconfundível da gaita, um som que nos convida a afiar as facas, as tesouras e a arranjar os chapéus de chuva, tudo opções contrárias ao mundo descartável em que hoje vivemos, mas só uma melodia destas, hoje, anunciando a chuva, me transportou à infância num passo de mágica...
De chinelos vou à janela, não sinto a chuva, olho a rua e o nevoeiro encurta-me o horizonte. Nunca mais chove!!!
Desculpem, entrei oficialmente em modo depressivo.
A temperatura continua amena. Lá fora, uns porreiros 14 graus, uma temperatura bem fixe para uma meia noite de Outono. Chove uma chuva puxada a vento, um vento que zoa pela serra abaixo, mais parecendo centenas de carrinhos de rolamentos numa correria desenfreada. As arvores abanam, as folhas rodopiam nas sombras da noite...
É uma noite de ventos e chuviscos, só faltam os raios e coriscos...
Vou cumprimentar o Morféu enquanto Éolo sopra...
Choveu durante a noite passada. De manhã, o Sol veio visitar-nos e trouxe-nos um dia de temperatura amena para a época. A meio da tarde, os deuses entenderam que deviam regar os campos e sobre Pomares começaram a pairar algumas nuvens, o nevoeiro começou a descer da Serra do Açor e eis que chove neste momento...
Muitos dizem, venha ela que faz falta, que eu já fiz a minha vindima e é boa para a castanha. O povo lá sabe!...
Já diziam os mais afortunados intelectualmente, seguidos pelos grandes percursores de José Mourinho, os treinadores de tv e de café, que quem não sabe falar de futebol e não tem nada que dizer...assobia para o lado e fala do tempo. Como não me incluo naquele lote, e de futebol então sou mesmo analfabeto, estou a precisar de uma net nova, que pela instabilidade que tenho por aqui acabou de me mandar para o "étereo" o post que tinha acabado de escrever.
Bolas, já não o consigo escrever da mesma forma, e muito menos igual. Pronto! Foi-se!
Hoje o meu post não é por ser Sexta-Feira 13, ou por ser dia dos beijoqueiros, perdão Dia Internacional do Beijo. Hoje em dia, há dias para tudo! Perdoem-me a analogia! Sempre houve beijoqueiros, ao contrário de outras profissões que estão em extinção, ou melhor, já são raridade, porque já são difíceis de encontrar. Mas, aqui e ali, onde menos se espera, numa esquina qualquer ao fundo de uma rua qualquer, lá se ouve o som inconfundível do realejo, ou gaita, típica do amolador, e acredite-se ou não, mesmo que faça Sol, a chuva chegará nesse dia...sempre foi assim, e assim foi hoje...
Nos finais dos anos 50 (bolas que já estou a ficar antigo), e princípios dos anos 60 do século passado, o amolador era figura conhecida nas nossas aldeias, e tinha como função afiar (amolar) tesouras e facas, consertar guarda-chuvas, rebitar panelas e tachos, consertar alguidares e pratos de barro partidos, com a aplicação de "gatos", pequenos ganchos de arame. Nessa altura tudo se aproveitava, tudo se reciclava, porque a civilização do consumismo ainda estava longe, a miséria, as necessidades da vida obrigavam a tudo para matar a fome e se ir vivendo. Os tempos que hoje vivemos não andam longe de um retrocesso civilizacional...e não é preciso que chova nem que seja Sexta-Feira 13...
A chuva que tem caído é pouca para tornar a fazer correr os nossos ribeiros e despertar as flores para cobrirem de cor a nossa Serra do Açor.
Pomares, sábado ao final da tarde. O Carnaval já passou. Entrámos na Quaresma, o Domingo de Ramos e a Páscoa aproximam-se. Chove. Ainda faz algum frio, que teima em não deixar desabrochar a Primavera nos campos num arco-iris de flores coloridas.
Sábado de manhã, numa das fortes zonas comerciais de Alfragide, a chuva era intensa e poucos carros circulavam nas artérias que normalmente comportam milhares de viaturas. Com este tempo, em que os especialistas de metereologia apontam para um indice de humidade superior a 95%, mais vale ficar em casa de chinelos nos pés, porque por este andar e se o São Pedro não ajudar, só de escafandro e de snorkel para ir às compras!
Oh, São Pedro, fecha aí torneira!
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