O Rouxinol de Pomares

Uma vez ouvi numa rábula televisiva, a uma actriz conhecida, que morar no Cacém era para gente pobre...não será tanto assim, digo eu, mas que é gente de trabalho que aqui mora, não tenho dúvidas.
Com o bom tempo que tem estado por estes dias, sente-se o desejo de dar um passeio a pé, por entre portas. E dá para dar umas boas passadas! Vesti uma roupa adequada e calcei os ténis, peguei na máquina fotográfica compacta, (a outra é muito pesada), meti-a no bolso, e fui por aí até à parte mais baixa de Agualva, bastante diferente do que era há 35 anos quando vim para cá morar. Hoje é uma cidade, diferente de quando passou a vila, mas muito há ainda a fazer!!! 
As fotografias que vos mostro, não obedeceram a nenhum critério especial, nem na captura de imagem nem na escolha, são simplesmente o que fui registando no percurso...

No Natal não entra na ementa, mas é sinónimo de Missa depois da Ceia de Natal. Para uns, a lenda, segundo a qual um galo teria cantado à meia-noite do dia 24 anunciando o Menino Jesus, para outros, com o facto de a Missa de Natal terminar normalmente muito tarde, e quando as pessoas voltavam para casa já o galo cantava...

O galo é uma ave de porte altivo, e não é raro encontrá-lo como simbolo em heraldica, ou como mascote de muitas organizações ou clubes.

Nas nossas aldeias é sustento de familia, e a um arroz de cabidela de galo não se diz que não!... 

Já lá vai o tempo em que galos e galinhas andavam pelo meio das ruas em plena liberdade, só regressando à capoeira ao cair do dia para escapar ao dente guloso de uma atrevida e esperta raposa...aqui na cidade, juntamente com patos e pombos, é um animal de jardim...

Já inúmeras vezes falei do meu velho Patrol que conta milhares de quilómetros e é ele que me tem proporcionado captar imagens lá no alto da Serra do Açor. De vez em quando, apetece-me "esticar-lhe as pernas" e trago-o até à capital. Para isso, é só mudar-lhe as rodas com os pneus mais adequados a asfalto. Devemos pensar sempre na nossa segurança e na dos outros, sem discussão!

Por definição um veículo todo-o-terreno é aquele que é capaz de circular em qualquer tipo de terreno, fora de estrada e até de caminhos. A tracção às quatro rodas, especialmente concebida para utilização fora de estrada, garante-lhe à partida a capacidade de ir a qualquer lado e permite deslocações seguras e rápidas por caminhos só pensados para tractores e carroças, mas como podem ver, também anda com muito à vontade em cidade. É dar-lhe combustível que ele gosta...

Nas fotos, junto ao Parque Eduardo VII em Lisboa e no estacionamento do Allegro em Alfragide.

Há sempre razões pra sorrir!

Muitas vezes penso que, sendo o blog meu e em exclusividade, pouco falo na primeira pessoa do singular, e como a base do meu blog " O Rouxinol de Pomares" é a fotografia, aqui estou eu, ontem, ao final da tarde, em Lisboa, (nota-se). E vem a propósito pensar que, enquanto houver saúde para isso, o melhor de dois mundos é desfrutar a oferta da grande cidade e poder, passado algum tempo, quando lhe apetecer, ou melhor,  lhe der na real gana, assim até soa melhor, rumar até às nossas origens e apreciar o cheiro do campo, da urze a florir, da natureza a despertar para a Primavera que está chegando.  Sem pressas, sem horários a cumprir, sem dar cavaco...

A Lua na cidade. Agualva, Sintra.

Mais uma vez tive o privilégio de assistir à actuação do Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva, que de uma forma abnegada levam o nome de Pomares e de Arganil bem longe com as danças e os cantares da serra do Açor.

Conforme anunciado o GDCSR actuou ontem no espaço exterior do Museu da cidade de Almada, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher, evento organizado pela Associação dos Amigos da Cidade de Almada, com o apoio da Junta de Freguesia da Cova da Piedade e Junta de Freguesia do Pragal e Smas- Serviços Municipalizados de Àgua e Saneamento.

Foi bom rever os nossos amigos  e sentir um pouco de Pomares e da Serra do Açor, na "grande cidade".