O Rouxinol de Pomares

Ui que medo...

Ontem foi a noite mais aterrorizadora (!) do ano, e eu já não vou em contos de bruxas, muito menos daqueles que são importados. Não ligo patavina, e nem acho piada ao Halloween, simplesmente porque nada tem a ver com as nossas tradições e raízes culturais. Esta é uma moda como tantas outras, que acaba literalmente por nos colonizar e abastardar culturalmente. Não gosto de me mascarar, e nem tenho pachorra para doçuras, e muito menos travessuras. Travessuras só aquelas que a vida nos prega. A moda dos vampiros, noivas em sangue, cadáveres e bruxas, com vassoura ou sem vassoura, não me diz absolutamente nada. Admito que o problema pode ser meu, mas no meio disto tudo, o que realmente gosto é das botelhas, (abóboras), que sempre dão para engrossar uma valente sopa que faz tão bem nestes dias frios que aí vêm. Não dêem cabo das botelhas, comam-nas. E que se lixe o Halloween!!! 

Para contrariar a tendência mercantilista dos festejos do dia das bruxas (!), Halloween, que hoje se comemora, deixo-vos com esta réstia de cebolas, cuja foto, foi captada na Foz da Moura e que é fruto do trabalho de um conterrâneo, que a transportava e ao qual pedi para fotografar em contraste com a parede de xisto e segura pela sua mão. Com a proliferação dos supermercados e hipermercados, esta forma de conservar por mais tempo as cebolas foi desaparecendo. Hoje, ainda se podem  encontrar nas feiras tradicionais, ou como aqui, na agricultura de subsistência, mas nos grandes centros de consumo, é tudo em sacos uniformizados. Sem graça.

HALLOWEEN

Halloween,? Halloween o que é isso?

Embora não sendo tradicionalista, gosto das nossas tradições. Parece uma contradição e depois, quem não tem contradições?

Tenho por isso alguma dificuldade em aceitar os festejos anglo-saxonicos do dia das bruxas, realizados por aqui nas nossas terras.

Crianças vestidas de bruxas e abóboras com olhinhos e dentes e uma velinha acesa dentro!

FAXAVOR...

É uma aculturação forçada que compromete as nossas tradições, em nome do comércio desenfreado desta sociedade consumista. O capitalismo quer lá saber das nossas tradições mais ancestrais.

É uma parcela negativa da globalização...