Começo exactamente pela ultima fotografia que captei, por encerrar também, todo os espírito de um Festival que se faz acima de tudo com afectos lusófonos. Falamos Português! Estamos juntos!
Encerrou ontem o II Encontro Internacional da Narração da Lusofonia, no auditório António Silva, com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, Arquitecto, Carlos Casimiro, e com a presença da responsável pelo pelouro da Cultura, a Dra Helena Cardoso, que aplaudiram e deram os parabéns a todos os responsáveis por mais este êxito na pessoa do seu mentor e principal dirigente, o actor e contador de Stórias, Adriano Reis.
Acompanhei ao longo desta semana a maioria das actividades que este projecto levou às escolas e aos variados palcos da cidade de Agualva-Cacém, bem como até à Vila de Sintra. Da abertura no MUSA, Museu das artes de Sintra, até ao encerramento no auditório António Silva, muitas foram as azafamas e as correrias para que o projecto corresse como planeado. E correu bem, muito bem! A participação timorense, as suas lendas e as suas estórias ficarão gravadas para sempre nas nossas memórias, e nunca esqueceremos o grande avô Lafaek...
Por razões pessoais não assisti a alguns espectáculos, e tenho pena de ter perdido as actuações de Zenaida Medina de cabo Verde, e de Clemente Tsamba, de Moçambique. Neste último dia, por pena minha também não assisti à actuação das "princesas" do Som do Algodão, para poder ir ter com os meus amigos historiadores e investigadores de história, Dr Rui Oliveira e Dr. Carlos Albuquerque, que mais uma vez se disponibilizaram para falar sobre este belo espaço que é Agualva, num passeio que nos levou pela Ribeira das Jardas, que deu o nome à RJ Anima, a associação responsável pela Aqu'Alva Stória, até ao Largo da República onde se situa o palacete da Quinta da Fidalga. Uma viagem histórica, pelas ruas, onde as pedras ainda são testemunha de muitas histórias que nos levaram até às personagens de Matias Aires e da sua família, aqui mesmo no coração de Agualva.
Fica-nos na memória alguns contadores fabulosos de estórias fantásticas, como Thomas Bakk, e Ana Sofia Paiva!
Neste ultimo dia, uma nota de referência para o Teatro Dom Roberto, Teatro de Marionetas, num trabalho fantástico de Fernando Alexandre Cunha, dos Valdevinos, e para Angelo Torres, um excelente contador de histórias, de S. Tomé e Principe, e ainda, para Zé Camarada, de Timor Lorosae.
Vamos ver as fotografias:
MARIONETAS
Fernando Alexandre Cunha
Adriano Reis
HISTÓRIA
ENCERRAMENTO AUDITÓRIO ANTÓNIO SILVA
O Som do Algodão a entrevista para a RadioMiudos
No âmbito da Aqu'Alva Stória, II Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia, assisti hoje a uma tertúlia sob o sugestivo título " Lafaek, o Avô Crocodilo Timorense, que o Dr. Tiago Cardoso e o Prof Luís Costa nos levaram numa grande viagem ao país do Sol Nascente, aos seus costumes, tradições, contrastes, ao sofrimento de um povo invadido, martirizado, massacrado, à resistência, à luta, à independência, aos sonhos e ao desencanto...como se fossemos transportados no dorso de um grande Lafaek...Timor o país convidado!
Dr. Tiago Cardoso. As saudades, a chegada a Portugal, a resitência, e as memórias na primeira pessoa...dirigente da Associação Uma Timor-Salurik, que o aproxima das suas raízes timorenses!
Prof Luís Costa, a experiência e a sabedoria, da resistência até à tradução dos missais para Tétum...um conhecedor e fiel depositário das tradições timorenses!
Conta-nos a lenda que há muito, muito tempo, um grande e velho crocodilo que vivia numa ilha da Indonésia, já não tinha forças para apanhar peixes e estava a morrer de fome, resolveu então ir para terra à procura de algum animal que lhe servisse de alimento. Andou, andou, andou, mas não conseguiu encontrar nada para comer. Andou tanto e sem se alimentar que ficou sem forças para regressar à água. Um rapaz que ia a passar, teve pena do crocodilo e ajudou-o a regressar à água. Tornaram-se amigos e o crocodilo levou-o a passear pelo mar. A amizade entre o rapaz e crocodilo era grande, cada vez maior, mas um dia a fome do crocodilo foi maior que a amizade e pensou comer o rapaz, mas antes perguntou aos outros animais e todos acharam que o crocodilo seria injusto com o rapaz que o salvou. O crocodilo percebeu que estava a ser injusto e cheio de vergonha partiu para longe convidando o rapaz para ir com ele porque eram amigos. A viagem foi longa e o crocodilo exausto pela fome e já velho acabou por morrer, transformando-se numa ilha...Timor!
Mais uma vez...o espaço foi... Hipopómatos na Lua, em Sintra!
. Aqu'Alva Stória - Encerra...
. Aqu' Alva Stória - Lafaek...
. A Nossa Freguesia
. Barroja
. O Nosso Concelho
. A Nossa Região
. Amigos
. Ritual
. Impulsos
. O Açor
. Maria
. Links
Para evitar a calúnia e a difamação gratuíta, os comentários são moderados pelo autor do blog. Todos os comentários serão publicados, mas se estiver a pensar insultar ou difamar pessoas ou grupos, e de forma geral prejudicar a utilização leal deste espaço não se dê ao trabalho. Os comentários não serão publicados.