Desculpem-me o título do post, que até parece um código postal precedente do verdadeiro, o tal que fez história, e que pôs toda a gente a dizer " código postal...meio caminho andado!" Mas a verdade é que cartas a dizer Lisbon 2, passaram-me alguns milhares pelas mãos! Este é um título para continuação do anterior.
Adiante...
Como disse ontem, vim ver navios...e aqui estão eles...imponentes. São de "Rainhas" os seus nomes. Very British. A malta até gosta de postais cores de rosa e do príncipe que casou com a Cinderela. Compreendo, a vida não pode ser só de sacrifícios, de impostos e coisas más. Precisamos urgentemente de uma lufada de esperança, de um esforço colectivo que perceba que temos um país lindo, de gente boa, acolhedora e pacifica, que sabe receber...o turismo não resolve tudo mas é sempre uma boa ajuda...
É impressionante a envergadura de um dos gigantes dos mares...
Olhando de repente, o mais distraído iria julgar que ali ao lado não é o Tejo, mas sim uma rua, e o navio não é mais do que um gigantesco bloco de apartamentos.
Perfilados de Sta Apolónia até ao Terreiro do Paço, cinco navios de passageiros dos maiores. Um sexto navio aportou em Alcântara. Todos grandes navios, daqueles que fazem cruzeiros de sonho...
Muitos curiosos, tal como eu, a ver a concentração de tantos cruzeiros aportados ao mesmo tempo em Lisboa.
Hotéis flutuantes...
A comunicação social divulgou vezes sem conta a presença de tão elevado número de navios, e dos milhares de turistas que nos trouxe até Lisboa, mas nem uma palavra na transformação que foi operada ao longo dos anos na zona ribeirinha, que era um amontoado de lixo, de contentores velhos e de barracões/armazéns degradados, (conheci-os bem enquanto fui, por um bom par de anos, responsável do Entreposto Postal Marítimo, que tinha como função a recepção e a expedição de todo o correio por via superfície. Primeiro em malas, e mais tarde contentorizado. E mesmo ali ao lado, o Sud Express que nos trazia as malas da Europa. Outros tempos, em que nem o correio tinha voos low cost). Quero dizer com isto que conheci bem o porto de Lisboa, desde Xabregas a Alcântara, e percebo e admiro o trabalho que foi feito em toda a área ribeirinha que culminou na Expo 98, que hoje nos podemos orgulhar de ter um Parque das Nações como poucos. Nem tudo foi mau!
É a realeza...
Hoje, os caminhos de ferro já não são o palco dos cabazes e de gente serrana de boina ou chapéu, de bilhete na mão à espera de embarcar até à sua terra que lhes ficou no coração. Hoje, o sotaque já é outro, e a tez da pele avermelhada pelo nosso sol indicam-nos que o mundo mudou...
Não deve ser em todos os portos nem em todas as cidades, que é chegar num navio, olhar, e ver as colinas de uma cidade, mesmo ali.
O casario que se estende encosta acima...
Não posso deixar de registar o "fenómeno" dos drones. Este "artista" pôs este a voar e a fotografar/filmar os navios por todos os ângulos acima da superfície...no vazio da legislação...pode-se fazer tudo...
Estou a perder para os drones...e para as híbridas, porque a qualidade por vezes não é a mais importante.
O que é importante é que venham muitos navios e que tragam muitos "camones" e muitas "bifas"...que deixem cá os dollars e as libras...
Que na barra do Tejo continuem a ecoar as buzinas dos grandes cruzeiros...
Como vos disse, ontem fui à Baixa Lisboeta, literalmente, ver navios...dos grandes, gigantescos. Comparando estes em tamanho com o Manuel Alfredo, que me levou até à Guiné em 1964, eu fui num barquito...
Já não acredito que quanto maior a barca maior a tormenta...
Ontem, a Baixa pululava de gente, e ali mesmo por baixo do Arco da Rua Augusta, estes dois, um Corvo e um D. Afonso Henriques (?), davam as boas vindas aos "camones". A mim dá-me algum gozo, quando um qualquer empregado de restaurante me aborda confundindo um serrano com um "camone", e se me dirige em inglês , hei mister! we have "codfish" "fish..qualquer coisa" e eu não consigo evitar dizer-lhe, com um português profundo e macarrónico...agora só se for feijoada à transmontana, com vinho carrascão...
Seja lá porque motivo for, é sempre agradável ir à Baixa, porque trazemos sempre estórias p'ra contar!
Uma Rua Augusta cheia de gente, e as esplanadas a abarrotar...
E mesmo ali, paredes meias com a velha estação Sul e Sueste, grafitada e degradada, dois super navios ancorados.
Não é em todos os países que os navios podem ancorar praticamente dentro de uma cidade. O Tejo e o porto de Lisboa são únicos.
Navios que mais parecem arranha-céus...
Amanhã há mais fotografias...
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