Hoje vou escrever na primeira pessoa do singular.
Nos meus horizontes, nunca esteve nem nunca estará comentar a rubrica "Notícias de Pomares", que regularmente vem publicada no Jornal de Arganil, até porque tenho dela uma ideia muito particular, e, quer pela forma quer pelo conteúdo, julgo pertencerem a outro campeonato informativo. Não tenho apetências de momento para confrontos, nem tão pouco me interessa esgrimir aqui ideias. Não foi para esse fim que O Rouxinol de Pomares foi criado. Contudo, não enjeitarei a crítica, de forma idónea e construtiva, seja a quem for porque não existem intocáveis, nem históricos, nem tabus.
Vejamos:
Na dita rubrica e no Jornal de Arganil, do dia 7 de Fevereiro (nº 4.131), pode ler-se, logo de entrada sob o título Carnaval, o seguinte: O Carnaval pelos nossos lados, está quase morto- doença que há anos se arrasta! Os mascarados vão perdendo a pouco e pouco o seu disfarce, e assim vão deixando cair a máscara que no dia a dia lhe vai escondendo a cara!...
Esta prosa é tão só contrária da realidade, como ofensiva para os pomarenses.
Os pomarenses são pessoas trabalhadoras e honestas e não andam mascarados para terem de deixar cair a máscara. É uma frase perfeitamente descabida, sinistra, desnecessária e ofensiva.
Quanto ao Carnaval em Pomares, houve o que foi possível e houve entrudo, é ver as fotos publicadas pelo Rouxinol de Pomares, e nas páginas do "hi5" da juventude pomarense é possível verem-se mais fotografias do carnaval. Eu gosto mais de lhe chamar entrudo.
É também frequente ler, nesses artigos "Noticias de Pomares", quer na abertura quer no fecho, e até nalguns comentários, frases completamente desfasadas de contexto e que nada têm a ver com Pomares.
Não tenho dúvidas que é outro campeonato no qual O Rouxinol de Pomares não joga nem se pretende candidatar a jogador.
Já perceberam porque é que eu não comento!
Perguntam vocês! E comentas agora porquê? Pelo segunte:
Na edição do Jornal de Arganil, do passado dia 21, e na rubrica "Noticias de Pomares" sobre a Sociedade de Melhoramentos de Pomares, que passo a citar:
"Aprovados que foram os documentos referidos, entrou-se no segundo ponto da ordem de trabalhos - outros assuntos - sendo de realçar a proposta da Direcção no sentido de serem dadas a duas ruas de Pomares os nomes de: Dr. Vasco de Campos, que prestou serviços clínicos gratuitos aos sócios da Sociedade de Melhoramentos desde 1957, uma vez por semana, e que se deslocava de Avô ao posto Médico em Pomares, a funcionar na Sub-sede da colectividade; e a António dos Santos Dinis que ao longo dos anos, com esforço e dedicação tem dado notícias no «Jornal de Arganil». A decisão será tomada escolhendo a melhor oportunidade em conjunto com a Junta de Freguesia e prestando assim homenagem a pessoas a quem Pomares muito deve. Depois de ouvidas opiniôes de alguns presentes foi a proposta aprovada também por unanimidade e aclamação, findo que foi encerrada a Assembleia que podemos considerar como um marco importante da vida da Sociedade de Melhoramentos que renasceu das cinzas e está pujante e a fazer-nos crer que estes corpos gerentes vão continuar a engrandecer e a prestigiar a pioneira do movimento que tanto tem feito pelas aldeias de toda a região."
É sobejamente conhecida a minha opinião sobre a condução da Sociedade de Melhoramentos de Pomares, mas sinceramente que fiquei ainda mais espantado quando li que a decisão de atribuir nomes de ruas é da responsabilidade da Comissão de Melhoramentos!!! "A decisão será tomada escolhendo a melhor oportunidade em conjunto com a Junta de Freguesia..."
Espantoso!
Compete ao poder autárquico estabelecer a denominação das ruas ou praças e estabelecer as regras de numeração dos edifícios. A Sociedade no máximo poderá propor a atribuição de nomes a ruas. Aos orgãos autárquicos democraticamente eleitos e com competencia para tal, compete decidir. Ou em Pomares os papeis inverteram-se e às leis da Républica faz-se tábua raza?
É aflitivo ler, assistir e ver que há pessoas que nem sequer têm a noção e muito menos o bom senso das suas competências. Alguém que lhes explique o conteúdo da Lei 169/99, que estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos orgãos dos municípios e das freguesias.
É que está a haver uma promiscuidade entre o poder local e uma Sociedade de Melhoramentos de que Pomares não sairá beneficiário e o povo aperceber-se-á inevitavelmente.
Embora se possa discutir se os nomes propostos devem ou não figurar na toponímia de Pomares, e da sua oportunidade, penso que antes se devia proceder a um trabalho toponímico e de numeração de polícia. Todo o resto é puro e simples folclore, faltando o essencial.
Essa da Sociedade ter renascido das cinzas e estar pujante...faz-me alguma confusão, e o que é certo é que ainda ninguém foi capaz de me explicar.
A Sociedade morreu? Quando? Estava morta, há quanto tempo? Quem a matou? Ou quem a deixou morrer?
...pujante? Ó valha-me Deus! Para um organismo estar pujante necessita de sangue novo e a Sociedade de Melhoramentos não prima própriamente por juventude.
Alguma discrição, mais senso e tolerância, talvez fosse mais útil à Sociedade de Melhoramentos, e aí sim, Pomares só teria a ganhar.
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