Pomares sempre teve uma ligação muito próxima com a sua ribeira. Essa ligação era ainda mais estreita no bairro das Casas Cimeiras, porque aquilo que nos separava dela era apenas um muro e umas escadas de fácil acesso. O coaxar das rãs, o guarda rios com a sua plumagem exuberante em voo rente à água. Eram sons e imagens que nos eram familiares. Era aqui, que enquanto a nossas mães lavavam a roupa e a punham a corar em cima da relva e dos juncos das margens, que nós garotos nos entretínhamos com os brinquedos que tinhamos à mão, pedras, atirando-as à superfície da água, escolhidas a preceito para saltitarem à tona até perderem a velocidade e afundarem. Era uma cana de pesca, construída com uma cana, cortada da margem, mais ou menos direita, com uma linha de nylon e um anzol que ficava rombudo em pouco tempo devido às pedras. O isco eram bolinhas de broa. A pescaria era nenhuma. As trutas lá continuavam em paz e sossego! Era o Poço das Casas Cimeiras, outrora cheio de vida. Para os mais novos era o Poço do Sr. Américo, comerciante paredes meias com este poço e simpático e saudoso senhor, que tinha uma paciência enorme para aturar os mais pequenos, não podendo esquecer a saudosa Isaura Fernandes sua esposa. Há pessoas de quem nós guardamos boas recordações e temos saudades. Essas eram as pessoas de bom coração. É este o Poço do Sr. Américo. O Poço das Casas Cimeiras.
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