Sempre que percorro a nossa serra e paro uns minutos para observar as suas encostas transformadas em socalcos, é com admiração que penso no esforço que os nossos antepassados tiveram em erguer todo este complexo. Os nossos antepassados sentiram a necessidade de controlar a erosão e o aproveitamento de águas que eram torrenciais devido ao declive, e tornaram estes montes em terrenos agrícolas , dando origem aos socalcos e com eles ajudaram à fixação de populações em locais que à partida seriam inabitáveis.
Não vou falar na composição dos solos; se predominam os xistos argilosos, se são argilosos finos, deixemos isso para os geólogos.
Aqui, apenas me interessa ver os socalcos do ponto de vista de uma obra do homem destas serras, um pormenor ou outro, serve apenas para nos situarmos na grandesa deste trabalho, que são os socalcos de toda a Bacia da Ribeira Pomares, em que estes se encontram entre os 220 metros de altitude mínima e os 900 de altitude máxima.
Os socalcos estão sempre em redor das povoações e tinham o seu aproveitamento agrícola em culturas de regadio e sequeiro, sendo também significativas as culturas da oliveira e da vinha. Hoje verifica-se algum abandono que começou a meio do século XX com o êxodo das populações rurais, e os socalcos foram sendo invadidos pela vegetação, e com o flagelo dos incêndios que consumiram estas serras, os socalcos correm sérios riscos de desaparecerem com todas as consequências negativas para todos.
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