De vez em quando percorro a Marginal, paro por aqui, e olho o grande Tejo que entra mar adentro. Hoje fiz o mesmo, mas não me consegui abstrair das noticias que as televisões tem noticiado, sessão após sessão, repetindo-as vezes sem conta. O que teria passado na cabeça de uma mulher, para levar para o mar duas crianças, que acabaram por morrer nas águas que agora contemplo? Nada justifica que alguém, propositadamente ou não, irreflectidamente ou não, leve para a morte quem ainda não se pode defender. A violência doméstica não pode justificar um acto destes...nem a "guerra" das audiências pode justificar a transmissão em directo do velório de uma criança!!! Já não há regras de bom senso, e até o sofrimento alheio pode ser espectáculo...
Que mundo este!!!
Hoje fui ver o "grande rio", que corre veloz e se agita inquieto contra as margens de pedra e betão que lhe amarram a vontade e o empurram para o mar, mesmo ali ao Bugio...
Pouca azáfama num rio turvo...
É mais seguro em porto seguro...
Mais abaixo...a praia cheia de lixo e o mar agitado...
O passeio marítimo de Oeiras, ali junto a Paço d'Arcos, é salpicado por água salgada...
Nota-se bem que as forças da natureza nunca ninguém as venceu...
O mar agarrou nestas pedrinhas(!) de (isqueiro) e deu-lhes um chega pr'a lá...
Desalinhou o paredão...
Um mar inquieto que bate forte e enrola na areia...
E porque já me estou a molhar...deixa-me ir andando...
...antes que uma onda me "desalinhe" a mim!
Como à dúzia é mais barato aqui ficam algumas fotos do meu passeio de hoje...mesmo com chuva...
Ontem, já a tarde ia longa, fui ver o grande rio Tejo, a azáfama de muitas embarcações, de veleiros de recreio, pescadores de margem que lançam longe o isco, na esperança de pescarem um peixito, gente a tostar ao 1º dia de bom sol do mês de Junho...e acima de tudo, sentir a brisa marítima e ver este magestoso e belo rio que se junta ao mar, ali mesmo junto ao Bugio...
E...olhando o Tejo...que espanto...lá vem a navegar, de mansinho, o magnifico Navio Escola Sagres...o nosso embaixador no Mundo...rumo ao oceano...
A passagem em frente ao Bugio...
Navegar, navegar...boa viagem!!!
Navio Escola Sagres...vejam AQUI quando visitámos este navio em exclusivo para nós.
Lisboa, é Lisboa, e ponto final!
Os meus amigos, e até os leitores ocasionais d' O Rouxinol de Pomares já devem ter reparado que o seu autor (moi même, gosto desta expressão!!!), estou cá por baixo , que é como quem diz pelas bandas da capital, por Lisboa, ora então!
O que é certo é que a permanência de quatro décadas na capital deixa sempre a sua marca. Significa até que tenho mais tempo de capital do que tempo na terra que me viu nascer. Mas, e, há sempre um mas que a razão desconhece, as origens atraem-me, qual íman genético, e tal como a água, só no oceano descansa. Ao olhar para o Tejo e vendo que as sua águas correm para o mar, também eu tenho necessidade de correr para a minha terra, a Serra do Açor que me corre nas veias, que me está nos poros, e não me sai da cabeça!
É lá que é o meu lugar, porque nós temos que pertencer a um lugar, eu sei qual é o meu...
E o Terreiro do Paço ali tão perto! Onde iniciei os meus primeiros passos nos CTT! Estas fotos foram obtidas do Jardim do Castelo de Almada, sitio privilegiado para contemplar Lisboa. Disseram-me que este sítio nos anos 70 era um local de eleição para os namorados, mas nessa altura não conhecia o lugar nem nenhuma "alma" me levou a sítios tão idílicos...
Considerações nostalgicas à parte, o Tejo é um belo estuário e um porto de mar excepcional desde a antiguidade.
Termino com um contraluz sobre a "Ponte" e com este "post"saltarei para outra realidade. Digamos que deixarei a urbanidade para rumar à ruralidade. Por isso, um pequeno intervalo! Bom fim de semana, e até lá!!!
Este ícone de Lisboa já o fotografei várias vezes, e até em vários anos, e não será a última por certo, porque é um dos locais da capital que gosto de visitar e dar por lá uma voltinha a pé, e ainda, beber um cafezinho na Vela Latina, passe a publicidade! Hoje o dia convidava a passeio à beira Tejo, porque o dia estava de Primavera, com uma temperatura de 20º.
O tempo neste Outono entrou definitivamente na incerteza, quiçá, acompanhando a tendência dos mercados financeiros, o preço dos combustíveis, cinzento como o IVA, o IRS, e tão cinzento como muitas eminências pardas que se vão cruzando diariamente connosco.
Este foi o cenário que captei cá por Sintra, anteontem há hora do almoço, um dia impróprio para chapéus de chuva, que contrasta com uns dias atrás em que à beira do Tejo se disfrutava de umas passeatas com uma temperatura amena, típica de um belo clima mediterrânico. Até me apetece cantar: Eu gosto é do verão...
Tejo que levas nas águas...olhares de contemplação...de solidão...de felicidade...de tristeza...
Vendo o movimento no rio...
Vendo o voo das gaivotas...
Vendo outros a correr, a andar de bicicleta, sentados, deitados, a passear...É Lisboa e o Rio Tejo!
E porque estamos em Lisboa...Viva a República!
Tem estado imenso calor. Todos nós o sentimos e os "media" não param de noticiar as altas temperaturas e algumas desgraças a ele associadas. Nem tudo é mau. Nestes dias de calor, há muita gente que em lugar de ficar em casa, vem passear à beira Tejo, porque aí naturalmente a temperatura é mais amena, e além disso é agradável, muito agradável, ver Lisboa à noite e sentir o cheiro característico do sabor a mar, aqui mesmo em frente ao Bugio.
Passeio de Oeiras
Marina de Oeiras
Os dias de chuva terminaram, e hoje, Sábado, depois de almoço, com um Sol um pouco envergonhado, muitas pessoas passeavam à beira Tejo, um rio magnífico que nos transporta em viagens imaginárias...
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