As fotos de hoje não são dedicadas aos "camones", mas a todos aqueles que de uma forma ou de outra se consideram lisboetas. Eu sou um serrano de atitude, de alma e coração, mas não consigo apagar da memória, que vivi, trabalhei e percorri estas ruas mais tempo do que vivi na minha terra berço. Isso, penso, dá-me também o direito de me considerar um pouco alfacinha, e de gostar de Lisboa. A Baixa Lisboeta sempre me atraíu. O Terreiro do Paço, que foi berço do minha actividade profissional, continua a ser uma referência para mim. Provavelmente não teria a qualidade de vida que tive por morar nos arredores, mas adorava viver no coração da cidade, e o coração é o Rossio, as ruas pombalinas, a Baixa.
Não comentarei como habitual, imagem a imagem, não por preguiça, que essa não faz parte do meu cardápio, prefiro que sejam vocês a interpretar e a "legendar" cada uma. Se viermos do Terreiro do paço até ao Rossio, ou vice-versa, cruzamo-nos com centenas de pessoas, quase todas com pressa, e olhando para as montas que nos estão ao nível dos olhos. Nós não estamos habituados a olhar para cima. Aprendi a olhar e a ver os edifícios pombalinos para lá da nossa altura, comecei a olhar para cima...e há muitos edifícios lindíssimos, quase todos, mas infelizmente muitos já acusam o desleixo, o abandono, a degradação. As sacadas típicas são espectaculares, e faz pena que algumas já se encontrem com inclinação perigosa, a adivinhar a derrocada eminente. É uma questão de tempo. Imagino o que seriam estes edifícios de cara lavada, recuperados. Imagino como a cidade se tornaria ainda mais bonita. Por temperamento não sou nostálgico, mas há coisas que me trazem alguma saudade, o cinema Eden, que já não passa filmes, o Condes idem. Há o edifício dos Correios dos Restauradores, que na minha época albergava os serviços centrais...e hoje com menos gente já não serve(?!!!). Há muita coisa que tem que ser aquilatada, repensada, recuperada, porque não podemos desperdiçar recursos para sempre. Temos que pensar nas nossas cidades, nas nossas aldeias, na nossa gente, no nosso Portugal.
Para finalizar, que a conversa já vai longa, só vos queria contar que desta vez que fui à Baixa, senti-me um pouco estrangeiro. Fui de Metro, por razões obvias, mas para tirar o bilhete valeu-me a esperteza de um "carocho" atento, que se prontificou a dar-me umas dicas para tirar nas máquinas automáticas o título e o bilhete, a troco de um eurito, porque agora já não há empregados nas estações, e precisamos de uma licenciatura para carregar na tecla. É um espanto. Na ausência de empregados, os "carochos" vêm ali a oportunidade para ganhar uns trocos. Ainda é a Lisboa do Fado. Uma cidade bonita. Temos que exigir que a tratem bem, porque Lisboa é, e será sempre Lisboa.
Como vos disse, ontem fui à Baixa Lisboeta, literalmente, ver navios...dos grandes, gigantescos. Comparando estes em tamanho com o Manuel Alfredo, que me levou até à Guiné em 1964, eu fui num barquito...
Já não acredito que quanto maior a barca maior a tormenta...
Ontem, a Baixa pululava de gente, e ali mesmo por baixo do Arco da Rua Augusta, estes dois, um Corvo e um D. Afonso Henriques (?), davam as boas vindas aos "camones". A mim dá-me algum gozo, quando um qualquer empregado de restaurante me aborda confundindo um serrano com um "camone", e se me dirige em inglês , hei mister! we have "codfish" "fish..qualquer coisa" e eu não consigo evitar dizer-lhe, com um português profundo e macarrónico...agora só se for feijoada à transmontana, com vinho carrascão...
Seja lá porque motivo for, é sempre agradável ir à Baixa, porque trazemos sempre estórias p'ra contar!
Uma Rua Augusta cheia de gente, e as esplanadas a abarrotar...
E mesmo ali, paredes meias com a velha estação Sul e Sueste, grafitada e degradada, dois super navios ancorados.
Não é em todos os países que os navios podem ancorar praticamente dentro de uma cidade. O Tejo e o porto de Lisboa são únicos.
Navios que mais parecem arranha-céus...
Amanhã há mais fotografias...
O nosso Município esteve presente na edição deste ano da Bolsa de Turismo de Lisboa, evento que se realizou na FIL, no Parque das Nações, e que é a maior feira de turismo que se realiza no nosso país. Aberta ao publico este sábado e domingo, escolhi este ultimo dia para ir dar uma vista de olhos ao que por lá se oferecia, até porque o apelo das origens fala mais alto, não poderia deixar de ir ver a actuação dos meus amigos de Soito da Ruiva, e vi também que o stand do Município estava apresentável e apelativo, não faltando gente em seu redor, beneficiando de localização logo à entrada do segundo pavilhão. Gostei do que vi, até porque tenho vindo a "bater" que a nossa região tem condições excelentes para crescer em termos turisticos.
Pormenor do stand, com gente amável e eficiente.
Uma imagem geral do local do stand, confirmando-se a afluência de pessoas.
Observava eu o stand e reparei que o painel principal destacava o Piódão, a jóia da "coroa" do nosso concelho; concordo. Mas não pude evitar que me viessse à memória um dos "mimos" que os meus detratores na campanha eleitoral e que ainda hoje me brindam em tom jocoso, que eu queria uma auto estrada de Pomares ao Piódão! Ao ver este stand, deu-me algum gozo, por sentir que estava, e estou certo, de que Pomares poderia e pode ainda beneficiar da promoção do Piódão, melhorando a estrada da nossa freguesia, para que os potenciais turistas transitem por ela e não pelo concelho vizinho. É pena que o poder local em Pomares estimule alguns dos seus apoiantes que têm uma visão tão míope no que concerne ao desenvolvimento da nossa freguesia. É que as estradas para atrair turistas não precisam de ser auto estradas, mas tem que ser mais do que o padeiro precisa para vender pão...
Coitados!!! Um dia hei-de ver mais gente a reivindicar uma estrada mais larga e com condições de circulação de tráfego automóvel com padrões mínimos de segurança...e segundo li algures na imprensa local, já houve vozes no Sobral Magro a ventilar o assunto...
Como diriam os mais antigos: "queira Deus que esteja enganado!..."
Não faltou uma delegação da Confraria do Bucho, que percorreu a BTL promovendo a região e um produto de excelência, emprestando ainda ao local do stand uma "movida" que se fez notar.
A convite do Turismo do Centro e da CM de Arganil, os meus amigos e conterrâneos do Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva (Pomares), estiveram presentes com a sua actuação, prejudicada pela actuação simultânea de bombos e filarmónicas a poucos metros de distância.
Um aspecto da actuação do Grupo de Soito da Ruiva, com a presença no público do Dr. António Cardoso, Vereador da Câmara Municipal de Arganil.
O Rancho Folclórico dos Povos da Ribeira de Celavisa, o grupo residente da Casa da Comarca de Arganil, actuou logo a seguir ao Grupo de Soito da Ruiva. Um espectáculo para a vista, porque para o som também não tiveram as condições mínimas para actuar.
Do Rancho da Ribeira de Celavisa, retirei este belo quadro...
Na assistência e de máquina compacta digital na mão, o conhecido regionalista Sr. António Lopes Machado.
Também na assistência a Dra Lurdes Castanheira, Presidente do Município de Gois, acompanhada pela sua comitiva.
O Município de Gois também esteve presente e ao mais alto nível.
A actuação da Banda Filarmónica de Gois.
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