Decorreu no último fim de semana a Festa da Castanha, da Freguesia de Aldeia das Dez, que já vai na décima terceira edição, e constitui já um dos cartazes de referência turística da região. O local do evento é o Santuário de Nª Srª das Preces, em Vale de Maceira, um local de rara beleza arquitectónica e paisagística, que fica no sopé do icónico Monte do Colcurinho, Serra do Açor.
Ano após ano, este evento concentra largas centenas de pessoas.
O mote é a castanha...
Que é assada de forma tradicional...no chão, e com uma grande fogueira de caruma.
E ali estão elas, prontinhas a sair, quentinhas e boas...
O grande dia é o domingo, e a festa, para além das castanhas, conta com animação cultural. Na foto, o Rancho Folclórico Camponesas do Alva, da nossa vizinha Avô.
O Rancho Camponesas do Alva, em actuação.
A Filarmónica de Aldeia das Dez em palco.
A Filarmónica de Aldeia das Dez cumprimenta o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e os presentes no recinto.
Muitos expositores presentes...
Onde é possível encontrar produtos genuínos e muitas "coisinhas boas", com sabores tradicionais.
E ainda... alguns artefactos artesanais em latoaria, comuns há meio século atrás, mas que agora rareiam, não fosse o último artesão latoeiro um sobrevivente dos muitos que existiram em Avô, a terra da latoaria. Oh! que lindos que estão o António e a Maria da Piedade Alves da Costa!!!
E a Festa da Castanha é também um ponto de encontro de amigos e gentes da Serra do Açor. A Beira Serra é aqui!
Nestes dias em que o calor aperta e o Sol queima, e quem não quer, ou não pode ir a banhos nas águas da Ribeira de Pomares, ou no Rio Alva, tem aqui uma das melhores alternativas, a mata de majestosas árvores, únicas espécies botânicas por aqui, que "habitam" um dos mais bonitos santuários das Beiras. Bem pertinho de nós, no Vale de Maceira.
Ano após ano, a Festa da Castanha que a freguesia de Aldeia das Dez leva a efeito no belo recinto de Vale de Maceira (Senhora das Preces), tem cada vez mais gente, o que atesta o sucesso do evento. Vi gente de muitas terras da Serra do Açor e do vale do Alva, e senti que uma festa desta natureza é também um encontro e convivio das gentes da beira.
O recinto principal estava repleto de gente que assistia aos espectáculos a decorrer e que circulava pelas "barraquinhas" que expunham e vendiam os seus produtos.
Enquanto as castanhas assavam na caruma, o povo assistia aos espectáculos que animavam a festa...
A actuar a Tuna de Arganil.
E, eis a Tuna de Arganil, ou não fosse o Rouxinol de Pomares um Arganilense e não lhe desse o devido destaque...
Por entre o publico presente...o Prof José Carlos Alexandrino, Presidente do Município de Oliveira do Hospital.
Também entre o publico o nº 2 do Município de Oliveira, Dr. Francisco Rolo.
E pela imponência, pelo impacto visual e pelo som, as fanfarras causam sempre admiração e a fanfarra dos Bombeiros de Oliveira não deixa os seus créditos por mãos alheias...
Mais uma bela imagem da Fanfarra...
E, porque de Festa da Castanha se trata, será justo que mostre quem se esforçou para que centenas comessem o fruto assado como manda a tradição, com caruma e no chão...para serem mais saborosas...
Depois de assadas na caruma, há que ir sujar os dedinhos para as manducar...Ah! pois é!!!
Fiquei a saber que também há "Rouxinois" pelo Vale de Maceira, que não conhecia...ou será fruto da influência?
Para finalizar, apenas um breve apontamento, e que em tempos já escrevi uma nota sobre o assunto: contrariamente a muitas vozes, as festas em meses que não sejam de verão, também tem muita gente e muito sucesso. Também já escrevi em tempos que gostava de ver em Pomares uma festa do género, mas estou em crer que falta vontade e jeito...talvez um dia Pomares se afirme como uma freguesia de referência no alto concelho de Arganil, é só os Pomarenses quererem...porque querer é poder...
O nosso amigo António Assunção d' A Voz do Goulinho lembrou-me que este fim de semana se realiza a romaria e festa de Nossa Senhora das Preces, uma romaria de toda a nossa região e de todas as Beiras cuja festa de antigamente ainda perdura nas nossas memórias inspirando a figura do romeiro dos ranchos folclóricos da região.
Por fortes razões este ano não me é possível ir até ao Vale de Maceira e assistir à romaria de Nossa Senhora das Preces, porque sempre que o faço, recuo à boa memória de tempos idos em que íamos a pé, em rancho, de Pomares, as mulheres com o cabaz do almoço e o homens com o típico "palhinhas" ao ombro, para afinar a garganta porque uma ida a uma romaria que se preze era sempre acompanhada de uma gaita de beiços (harmónica), e os mais novos desejosos de trazer para casa um brinquedo feito de madeira. Hoje tudo é diferente...os tempos mudaram...mas a fé de alguns permanece!
Vão à Senhora das Preces, o local, a bela mata com arvores centenárias merece uma visita e não é por acaso que o Santuário foi considerado uma das 7 maravilhas do património cultural e ambiental do concelho vizinho de Oliveira do Hospital. A não perder!
Longe vão os tempos em que se aguardava um ano para ir até ao Vale de Maceira no primeiro Domingo de Julho, à romaria da Nª Srª das Preces, a padroeira das Beiras. Ia-se em família, em grupos de cada terra, as mulheres carregavam o cesto com a merenda, os homens o velho palhinhas com o tinto de produção caseira, e os miúdos aguardavam ansiosos por uma guloseima e um brinquedo em madeira. Hoje, tudo está diferente, já não há brinquedos em madeira, há toalhas clubísticas, vuvuzelas e outras plastiquices irritantes made in china, apenas o local se mantêm com as centenárias árvores que nos observam geração após geração, pelo menos a nós, os mais teimosos que continuam ano após ano a ir até ao Vale de Maceira, à Nª Srª das Preces.
Sem a multidão de outros tempos, a romaria ainda acolhe muitos romeiros em excursão, com especial incidência da Beira Baixa, Fundão, Covilhã, principalmente.
Um templo com belos frescos e uma talha irrepreensível, que vale a pena visitar sempre.
Neste dia de romaria, a afluência de pessoas a visitar o templo é sempre mais elevada.
A Missa campal sob um sol abrasador...
...e valeu a sombra dos velhos e enormes carvalhos. O sermão prolongou-se por mais de uma hora, exageradamente longo para o calor que se fazia sentir e bastante fundamentalista no tema, com a abordagem da existência do diabo, com retórica já em desuso e uma critica muito forte a quem não se vai confessar ao padre e comunga...na minha modesta opinião este tipo de sermão não atrai fieis, nem é uma mais valia para o bom trabalho que a igreja faz em termos sociais.
Longe ficaram os comes e bebes, lá ao cimo, e enquanto decorria a Missa campal a amesendação transbordava de gente sob os toldos de feira, e o cheiro a frango assado pairava no ar, numa mistura com farturas e outros pratos de comida leve, tipo dobrada, rancho, carne guisada, etc. e ainda bem que a ASAE não passou por aqui, é que ás vezes sabe bem esquecermo-nos de algumas regras, e quando a fome e sede aperta podemos recuar alguns séculos e comer como se estivéssemos na época do Robin dos Bosques, qual Errol Flynn...
Até é "giro" comer em ambiente de feira... meter conversa com o "vizinho" de ocasião, beber um copo e comer uma dieta levezinha, tipo dobrada, ou rancho, em dia de sol abrasador, não é todos os dias...
E para quem raramente aparece, cá estou eu, vermelho que nem um tomate, não sei se do vinho, do comer, se do calor...com os amigos Nuno Carvalho, a São e o filho João Pedro. P'ró ano há mais...
É já neste fim de semana, dia 3 e 4 de Julho, que se realiza a ancestral Romaria de Nossa Senhora das Preces no Santuário de Vale de Maceira.
Já não se vêm os cestos à cabeça com as merendas e os magotes de famílias a pé pelos caminhos pedestres, calcorreados anos a fio em direcção ao que foi a romaria e local de encontro e de culto das gentes da Beira e da Serra do Açor. Já não se vêm as camionetas de excursão cheias de gente de fé, mas o santuário continua a ser um local de referência para as gentes da nossa serra e das muitas localidades da Beiras e dos concelhos limítrofes.
Não é em Pomares...mas podia muito bem ser!...
E tudo o alcatrão levou...e tudo a Cerâmica vai levar!...
No final do mês passado dei um salto ao Santuário das Beiras, à Nª Sr.ª das Preces, e tomei a estrada que liga a sede da Freguesia, Aldeia das Dez ao vale de Maceira e vi as máquinas a "rasgar" curvas e a alargar a estrada. Não pude evitar de me ter vindo à memória alguns dos "mimos" com que me brindaram na campanha eleitoral das ultimas autárquicas, por ter escrito no Manifesto Eleitoral da lista que tive a honra de encabeçar e passo a citar: "Promover as bases necessárias para que a freguesia disponha de uma ou mais redes viárias que permitam a passagem em segurança de veículos pesados de passageiros e nos aproxime do Piódão, (pólo turístico de excelência do nosso concelho) e do Goulinho/Vale de Maceira/Colcurinho"
Aquilo que vejo, deixa-me pelo menos satisfeito que outros não pensam como alguns "inteligentes" que temos na nossa terra, e enquanto uns se contentam com um pedaço de alcatrão, outros alcançam mais longe. Pode ser que os "inteligentes" algum dia a utilizem e deduzam que era uma "auto-estrada" daquelas que eu queria para a nossa freguesia. Não julguem que fiquei beliscado com esses "mimos", porque tenho a certeza absoluta que o futuro me dará razão, e reparem num comentário que recebi há alguns dias; vejam Aqui e tirem as vossas conclusões!
Os nossos vizinhos autarcas de Aldeia das Dez e o Município de Oliveira do Hospital estão de parabéns.
Quem disse que a internet não faz amigos? Dei um pulo ao Goulinho para dar um abraço ao meu amigo António Assunção, onde o fui encontrar de volta da sua horta, e aqui estamos nós na sua adega depois de provar a sua excelente jeropiga. Atrás de nós a sua colecção de azulejos avulsos que vai colocando na parede da adega. Uma ideia sui generis. Conhecemo-nos por causa da blogosfera e este amigo mantém o seu blog, A Voz do Goulinho , e tal como eu, gostaria de um dia ver uma ligação alcatroada a Pomares.
Por motivos de ordem pessoal e inadiáveis não me foi possível estar presente, mas nem por isso deixamos de mostrar algumas imagens da 8ª Festa da Castanha, Mostra Gastronómica e Etnográfica da beira serra, que se realizou este fim de semana no Vale de Maceira, no recinto do Santuário de Nossa Senhora das Preces, freguesia vizinha de Aldeia das Dez.
É uma receita de sucesso, e com a ajuda do Grupo Viv'Arte, que lhe empresta um cariz de feira medieval se vai promovendo a freguesia, os seus artesãos, os seus comerciantes e a localidade.
A animação de rua, o espectáculo é uma aposta que garante afluência de publico e potenciais consumidores.
Um elemento do Grupo Viv'Arte em actuação.
Os saltimbancos...
Não há dúvidas do sucesso...e Pomares poderia ter uma festa assim, não da castanha obviamente, mas não faltariam motivos, até podia ser da broa de milho, das filhoses, dos coscoreis, dos bolos de abóbora, das sopas, da tigelada...é preciso "agarrar a onda" e infelizmente não vejo arte nem engenho!
O povo rejeitou a minha visão de desenvolvimento de Pomares, mas aqueles que me chamaram de "tolo" e que fizeram chacota quando no meu programa defendia a ligação Pomares-Barroja-Goulinho e uma Feira da Freguesia de Pomares, desses a história os julgará por terem tolhido o desenvolvimento da nossa terra.
O Santuário de Nossa Senhora das Preces é novamente palco de festejos que tem como tema a castanha. É uma forma bem conseguida de divulgação dos nossos espaços, da nossa região, da nossa gastronomia. Aldeia das Dez está de parabéns por mais esta iniciativa. O ano passado estive lá e gostei, podem ver aqui. Por razões pessoais e por me encontrar longe, este ano não poderei estar presente, com muita pena. Um abraço para Aldeia das Dez, Vale de Maceira e Goulinho.
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